Índia procura cimentar o lugar de terceiro maior país de origem das importações angolanas. China lidera, portugal fixado no segundo lugar e EUA pouco aparece nas contas de seis anos de importações
A China continua a liderar a preferência das importações dos angolanos, desde 2018, como mostram os dados sobre estatísticas externas do Banco Nacional de Angola (BNA). Ao lado da China, da qual importou-se o equivalente a 2,6 mil milhões de dólares em 2022 e outros 1,3 mil milhões de dólares em 2023, segue Portugal.
Os números mostram que desde 2018 a 2024, só em 2019 é que Portugal não ficou no segundo lugar do pódio no que concerne a origem das importações angolanas. Este país lusófono serviu de ponto de compra de mais de 924 milhões de dólares em 2023, como mostram os dados provisórios, mas em 2022 chegou mesmo a servir de ponto de compra de mais de 1,8 mil milhões de dólares em produtos importados por angolanos.
No terceiro e último lugar do pódio da origem das importações angolanas, a conversa é literalmente outra. A título de exemplo, desde 2018 para cá, nunca tivemos o mesmo país na posição de terceiro maior Estado de origem das nossas importações, como apontam os dados a que o OPAÍS teve acesso. Na terceira posição, no que a importações angolanas diz respeito, começa com a Singapura, do qual importamos o equivalente a 1,7 mil milhões de dólares em 2018. Seguiu-se Portugal, em 2019, do qual importamos 1,8 mil milhões de dólares no ano em questão, sendo este, desde então, o segundo maior país de origem das nossas compras no exterior.
Em 2020, os Estados Unidos da América surge como o principal país de origem das nossas com- pras, com um total de gastos que chegaram aos 597,7 milhões de dólares. Mas a partir daqui surge um ente que vai dando sinas de querer fixar-se como o terceiro maior vendedor para Angola, a Índia. A Índia posicionou-se no terceiro lugar em 2021 com um total de 741 milhões de compras feitas por Angola, e voltou a fixar-se na mesma posição em 2023, com um total de 614,9 milhões de dólares. Uma posição só impossível de alcançar em 2022, quando a Coreia ficou no terceiro lugar com um total de 1,6 milhões de dólares, atirando a Índia para a quinta posição nos principais destinos das importações.
POR: Ladislau Francisco