Trata-se de um projecto de apoio às políticas de combate à seca no país, com suporte de tecnologias espaciais, que começou em Janeiro de 2023, e conta com um custo estimado em cerca de 550 mil dólares norte-americanos
No encontro realizado ontem em Luanda, o Governo angolano analisou com investigadores norte-americanos políticas e programas que visam mitigar os efeitos das alterações climáticas no país, com destaque para o fenómeno da seca.
Trata-se do Projecto de Catalogação e Quantificação dos Efeitos da Seca no Sul de Angola, que visa apoiar às políticas de combate à seca no Sul do país, com suporte de tecnologias espaciais, que tem vindo a realizar um estudo profundo das questões ambientais mais severas que acontecem um pouco por todo o país.
O referido projecto teve início em Janeiro de 2023, tem a duração de três anos e está avaliado em cerca de 550 mil dólares. Segundo o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira, o projecto não se limita à questão da seca. Disse tratar-se de um projecto abrangente, visto que vai permitir fazer um estudo da demografia, densidade populacional e das questões mais severas do ponto de vista ambiental, fazendo com que diferentes estruturas governamentais possam tomar um conjunto de acções para a melhoria da qualidade de vida das populações e do crescimento da economia nacional.
“O projecto está no bom caminho. Mais uma vez temos cá especialistas americanos que connosco têm trabalhado. Vamos agora numa fase em que vamos poder recolher de outros departamentos ministeriais, informações de suporte daquilo que já temos feito. No que toca à análise da seca, já há mapas produzidos e um conjunto de informações que vêm desde 2019”, disse, o ministro.
Lembrou que o Executivo angolano, através do Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPEN), está a trabalhar neste projecto com ajuda das agências espaciais norte-americanas, NASA e MIT (Massachusetts Institute of Technology). “Relativamente aos fenómenos ambientais, o MIT tem muito mais experiências do que nós nessas matérias espaciais. Nós queremos trabalhar com os melhores para aprendermos”, adiantou, Mário Oliveira.
O Projecto de Catalogação e Quantificação dos Efeitos da Seca no Sul de Angola pretende contribuir para mitigar os efeitos da seca e apoiar o Governo angolano, através da geração e utilização de da- dos de satélite, capaz de melhorar a gestão hídrica e o monitoramento da seca na região.
A investigadora norte-americana, Danielle Wood, falou dos progressos já registados desde o início do programa, referindo que os mapas que estão a ser produzidos abrangem todo o território angola- no, com maior incidência nas províncias do Cunene, Huíla e Namibe. A especialista sublinhou que estão em curso nestas zonas do território nacional a recolha de informações e a execução de mapas para se identificar as áreas e as populações que mais sofrem com o fenómeno da seca.