Coordenador do jornal OPAÍS, saudações e óptima disposição! A minha inquietação, enquanto cidadão e morador da centralidade, no Zango 8 mil, em Viana, em Luanda, vai directamente à ministra da Educação, Luísa Grilo. Com todo o respeito, sou funcionário público e sei que, com os meus descontos, o Estado serve as instituições. Não se admite que as escolas construídas em pouco menos de dez anos não tenham carteiras para os alunos sentarem.
Todos os dias, assim que os alunos acabam de cantar o hino nacional, Angola Avante, to- dos entram para as salas a correr. Ocupar carteira, que já são poucas, Senhora ministra, tornou-se a regra e não a excepção. Isto envergonha qualquer pessoa e ainda por cima se fala que Angola é um país rico e um dos maiores produtores de petróleo de África. Mas, não se compreende a falta de carteiras nas escolas para os meninos e meninas se acomodarem. Penso que é também, até prova em contrário, incapacidade de gestão, visto que o problema tem sido uma constante um pouco por todo o país.
Deste modo, Senhora ministra Luísa Grilo, a situação nas escolas do Zango 8 mil é caótica faz tempo. Nos últimos meses, dois alunos tiveram uma briga por uma carteira, sendo que um sacou da algibeira um canivete para “xinar” o outro. Isto não se faz em parte alguma do mundo, mas é ponto assente que os guardas trabalham muito, mas a falta de condições, querendo ou não gera alguns fracassos. Por conta disto, a comissão de pais e encarregados, Senhora ministra, tem feito o seu papel em reuniões periódicas com a direcção da escola.
Neste momento, os alunos do ensino primário levam cadeiras e bancos de plástico à escola para se sentarem. Senhora ministra Luísa Grilo, ver, em plena centralidade ou num outro da província de Luanda ou mesmo de Angola, crianças levando cadeiras ou bancos à escola revela o fracasso da vossa gestão. Ainda que muitas explicações sejam dadas, mas não se percebe e espero que não se chateie, pois é servidora pública e encontre solução para o problema, portanto o provérbio popular diz “se não gosta de quentura, não vá à cozinha”, queremos carteiras!
POR: Lau B. Kutchiba