Mais de 50 viaturas supostamente retiradas de forma ilícita da esfera do Estado, na província do Moxico, foram recuperadas pela Inspecção Geral da Administração do Estado (IGAE), informou, ontem Quarta-feira, o delegado provincial, José Maria Amândio.
Conforme o responsável que falava à imprensa no quadro de uma conferência que marcou as comemorações do 32º aniversário da IGAE, a recuperação dos aludidos meios, em posse dos antigos gestores públicos, é resultado de um trabalho inspectivo, iniciado em 2021, altura que este órgão foi institucionalizado na província do Moxico.
Acrescentou que existem ainda muitos meios do Estado em posse de pessoas particulares, entre os quais imóveis, que poderão ser recuperados.
A IGAE nesta região, disse, continua a receber várias denúncias ligadas ao atendimento público, uso inapropriado dos bens públicos e obras de projectos públicos inacabados, que serão investigados.
O responsável, sem detalhar, disse que neste período já foram remetidos vários processos de ilegalidade à Procuradoria-Geral da República (PGR), prometendo que a instituição continuará a ser implacável, principalmente com as empresas incumpridoras dos projectos públicos.
Intervindo na abertura do encontro, o vice-governador para o sector técnico e infra-estruturas, Wilson Augusto, considerou a IGAE como uma instituição essencial para a garantia da legalidade, da transparência e eficiência da Administração Pública, na sua missa inspectiva.
Disse que é notável o impacto e a dinâmica da IGAI, nesta região, através das acções de inspecção, formação, sensibilização e cooperação com os demais órgãos da Administração Local, encorajando-a de modo a continuar a desempenhar o seu papel com rigor e profissionalismo, para defesa dos valores da legalidade e probidade.
A IGAE foi criada a 17 de Janeiro de 1992, com objectivo de efectuar o controlo interno administrativo da Administração Pública, por via da inspecção, fiscalização, auditoria, supervisão, controlo, sindicância e averiguações dos organismos e serviços da administração directa e indirecta do Estado e das administrações autónomas.
Este órgão tem igualmente a missão de prevenir e detectar fraudes, actos de corrupção e de improbidade, irregularidades, desvios de conduta por parte dos funcionários públicos ou agentes administrativos que os compõe, bem como a defesa do património público e fortalecimento da integridade e transparência na gestão dos bens públicos.