J á é sabido por nós, e verdadeiramente não tenho nenhuma dúvida: “a literatura informa e transforma” (Adriano Cazundo). Desde eras milenares, bravos homens como Homero, Cícero, adiante, fizeram recurso das riquezas da literatura para espalhar verdades e contar realidades.
A literatura possui dentre outros este poder dualítico, podendo não simplesmente sugerir bom entretenimento e humorismo, como igualmente retrata a realidade, colporta conhecimentos, transmite verdades.
É nesta senda que Aristófanes, filósofo e Historiador do séc. V, em bela prosa, e com tons epopeicos, debruça a naturezada da fórmula, que em seu tempo foi implementada para dar fim a uma das guerras mais sangrenta da história da antiga Grécia: entre Esparta, Antenas, Coríntios, Pompílio e cidades vizinhas.
Sua obra recebeu o sublime título a ela merecida, e tem por seu turno impactado corações por milénios: Lusístrata_A_Greve_do_ Sexo. Atenas e Espertas foram duas Cidades de Estado da antiga Grécia que sempre viveram sobre terríveis conflitos.
Homens eram anualmente deportados, e obrigados a deixarem suas esposas e filhos para servirem ao estado durante as façanhas impetuosas destes conflitos, muitos delas voltando somente quando velhos e cansados, e outros mil morrendo e adoencendo em meio a guerrílha.
O Constante clima de guerra, pouco á pouco tornava a Grécia num Império cada vez mais fragilizado, e aumentava em detrimento disso as tendências para o declíneo, e preocupava, visto que, as probabilidades de reconciliações viam-se cada vez mais impossíveis.
Só para realçar, reza a história que, uma das mais brutal e sangrenta guerra foi uma que durou quase 100 anos (no séc.IV) conhecida como,a #Guerrado_Peloponeso – narrada pelo historiador Tucídides.
Em seu livro, Aristófanes narra que, por “iniciativa Lisístrata ( uma brava e valente mulher Ateniensa), todas as outras mulheres, criaram uma espécie de grande revolta contra os seus maridos guerreiros que iam constantemente para as guerras.
A revolta consistia em elas não mais se entregarem a seus esposos (para o acto sexual), e nem mesmo as solteiras por sua vez, deveriam darse em casamento, ao menos que eles – neste caso, os homens, ou o estados de modo geral – estabelecessem um “Tratado_de_paz, ou cessar fogo.”
A luta destas mulheres, não consistia apenas em abstinência do acto sexua, como igualmente, para agravar, se dispuseram em inflamar, excitar, seduzir, provocar, acarinhar, enfim, erotizar ao grosso modo, todo o homem que fosse, até ficarem completamente abrasados ao pior dos níveis.
E quando todos estivessem aperseguí-las para o acto sexual, elas recusariam-se ao menos que se assinasse imediatamente um claro acordo de Cessar_fogo.
Aristófanes conta que, bastou apenas um dia, em que todas as mulheres da Grécia, tanto as de Atenas como as dos Estados vizinhos se uniram, estabelecendo um voto, primando claramente de que ainda que lhes custasse a própria vida, para o bem de toda a Nação, permaneceriam leais ao compromisso – A Greve do Sexo.
Fervendo e sofrendo até aos últimos limites, Aristófanes que todos os guerreiros renderam-se das armas e consequentemente os Estados assinaram um acordo de paz que fez da Grécia um império ainda mais poderoso.
Deste modo, o que a boca e espada não realizou, a abistinência sexual ortogou. Por conseguinte, é evidente que esta não é a única narrativa que evidencia o papel da mulher, e sua disposição para aliciar soldados com propositos de obter influência diante de uma guerrílha.
O Historiador e docente universitário Tiago Caungo Mutombo, conta em suas pesquisas que o antigo império angolano, Lunda, também fazia recurso dos mesmos procedimentos como estratégia militar.
Em seu turno, a Biblia igualmente conta que para fazer com que os guerreiros Israelitas desistissem da guerra contra os Amalequitas (povo inimigo dos Israelitas), mulheres com roupas sexuais invadiram o acampamento Israelita se os aliciaram a desistir da guerra (ver em Nm_25) Enfim, quem não é sábio para apreender com o passado, jamais terá inteligência para vencer no futuro.
“A literatura informa, e transforma.” (frase de Adriano Cazundo).
Por: Sampaio Herculano
Finalista em História, pela faculdade de Ciências Sociais