A entrada em funcionamento do Centro Cultural “Manuel Rui” no Huambo, segundo o ministro da Cultura e Turismo, Filipe Zau, irá concorrer, certamente, para a elevação do sentido de auto-estima da classe artística do país
O governante que falava momentos após a inauguração do empreendimento pelo Presidente da República, João Lourenço, acompanhado da Primeira-dama, Ana Dias Lourenço, na passada sexta- feira, 12, afirmou que o imóvel vai, de certo modo, impulsionar a valorização e a validação sociocultural do trabalho dos artistas. Filipe Zau referiu que, com a entrega do Centro Cultural, irão surgir as reais potencialidades criativas dos operários de cultura, com maior dignificação das suas opções vocacionais e maior qualidade dos projectos resultantes do seu trabalho.
Tendo ainda acrescentou que o mesmo vai, igualmente, contribuir para a melhoria das condições de trabalho dos artistas e dos promo- tores de acções culturais em todo o seu sentido amplo. A construção do cento, conforme o ministro, vai, igualmente, desconcentrar as actividades normalmente realizadas em Luanda (capital do país) e, ao mesmo tempo, viabilizar a emergência de outras culturas locais, ainda, não suficientemente promovidas e desenvolvidas, ao se constituir na maior atracção cultural e turística da pro-víncia do Huambo.
Para melhores resultados, apelou à futura gestão do centro a trabalhar no sentido da rentabilização, de modo a se tornar auto-suficiente, numa altura em que já conta com a disponibilização da UNICEF em levar a cabo a inicação da formação de crianças em condições de vulnerabilidade, para a criação de um núcleo da Orquestra Kaposoka, sob direcção de Pedro Fançony, um filho do Huambo.
homenagem
Sobre o homenageado, o governante considerou Manuel Rui, nascido na cidade do Huambo a 4 de Novembro de 1941, como um ícone da literatura, com as suas letras traduzidas em diferentes idiomas, incluindo em língua nacional Umbundu. Disse que a homenagem presencial do antigo ministro da Informação, no Governo de Transição e, também, reitor da Universidade do Huambo, hoje José Eduardo dos Santos, e da Faculdade Letras do Lubango (actual Universidade Mandume Ya Ndemufayo) constitui, senão mesmo, maior tributo em vida do autor do Hino Nacional e da canção “Meninos do Huambo”