A vice-presidente do MPLA, Luísa Damião, orientou, ontem, em Luanda, as militantes da Organização da Mulher Angolana (OMA) a descerem às bases e trabalharem em prol das comunidades, sejam elas do MPLA ou de outras cores partidárias. Este, segundo disse, é um desafio que visa manter a vitalidade do partido
A vice-presidente fez esse apelo durante o seu discurso, no acto comemorativo central dos 62 anos de existência da organização feminina do MPLA, celebrado, ontem, 10 de Janeiro, na província de Luanda. Antes, Luísa Damião prestou tributo às heroínas Deolinda Rodrigues, Engrácia dos Santos, Irene Cohen, Lucrécia Paim, Teresa Afonso e outras, que antes da independência “conseguiram manter viva a chama da organização que hoje é uma das maiores em África”.
Segundo afirmou, graças a elas, hoje as mulheres estão a conquistar postos de destaque, tendo exemplificado os casos de Carolina Cerqueira, presidente da Assembleia Nacional, Esperança Costa, vice- Presidente da República, e de Vera Daves, ministra das Finanças, que foi na ocasião efusivamente ovacionada.
Para Luísa Damião, o legado das heroínas é para ser continuado, tendo realçado que a luta das mulheres continua, já não a da guerrilha, mas da sua emancipação, da conquista dos seus direitos e, quiçá, de fazer chegar uma mulher ao cargo de Presidente da República, vaticinou a “número dois” do MPLA. A vice-presidente do “camaradas” instou a OMA, no sentido de sensibilizar as jovens mulheres a aproveitarem as oportunidades, no acesso à educação, por entender que nenhuma mulher deve ser deixada para trás.
“As mulheres podem contribuir mais no desenvolvimento económico e social”, apontou. Por outro lado, a vice-presidente do MPLA lembrou aos participantes do acto que, no 8.º congresso ordinário do MPLA, foram eleitos 30% dos jovens e 50% de mulheres para diversos níveis de direcção, no partido e no Executivo, mostrando com estes números as conquistas das mulheres, que, segundo disse, merecem atenção na agenda do líder, por ser a maioria da população. Por fim, Luísa Damião exortou à Organização da Mulher Angolana a continuar a ser solidária e a incentivar as jovens mulheres a apostarem sobretudo na educação.
POR: José Zangui