Seis pessoas morreram e 13 outras ficaram feridas, na província do Cuando Cubango, em consequência de 13 acidentes com minas registados em 2023
Os dados foram apresentados pelo representante da Agência Nacional de Acção Contra Minas (ANAM) no Cuando Cubango, Marcial Cativa, dando conta de que a província regista 626 áreas contaminadas, das quais 153 fazem parte do projecto Transfronteiriço Okavango-Zambeze (KAZA).
Dessas áreas, 412 foram desminadas numa extensão de 30 milhões, 102 mil e 849 metros quadrados, incluindo 65 áreas do projecto KAZA, enquanto 36 outras continuam estão clarificar, disse.
Durante o ano de 2023, explicou o responsável, foram assistidas com muletas, cadeiras de rodas, próteses 500 pessoas de diversas idades, através do Centro de Reabilitação Física de Menongue.
Igualmente, foram realizadas campanhas de sensibilização aos perigos das minas, suas consequências e os cuidados que os cidadãos devem ter no dia-a-dia, para evitar mais vítimas mortais.
No âmbito do processo contínuo de desminagem, informou Marcial Cativa, foram ainda confirmados 76 troços de estradas, num total de cinco mil 958 quilómetros, em toda a província, tendo sido desminados, até ao momento, 39 troços correspondentes a três mil e 10 quilómetros.
O representante da ANAM referiu que, dos 76 troços confirmados, faltam 37 por desminar, numa área de dois mil e 948 quilómetros, tendo reconhecido que as minas ainda continuam a impedir o desenvolvimento desejado das pessoas, sobretudo nas zonas rurais onde os campos são aproveitados para o cultivo.
As operadoras de desminagem do Centro Nacional de Desminagem (CND), Engenharia Militar, Polícia de Guarda Fronteira e a ONG The Halo Trust, com 84 equipas, estão a trabalhar na clarificação das áreas afectas ao Projecto Okavango-Zambeze.