A União Nacional dos Trabalhadores Angolanos (UNTA-CS) e Central Geral de Sindicatos Independentes e Livres de Angola (CGSILA), duas principais centrais do país, reagindo à notificação do Executivo, para negociação do caderno reivindicativo que chegou até ao Presidente da República, João Lourenço, são de entendimento de que, apesar de tarde, pelo interesse da maioria, a não aderirem à greve geral, mas à dignificação dos trabalhadores, daí que vão à mesa de negociações
No ano passado, em congresso, as centrais sindicais tinham dado como limite o dia 31 de Dezembro para a realização de uma greve geral, caso o Executivo não aceitasse sentar à mesa de negociação. Dado o aviso de que tal fosse ocorrer, o Executivo respondeu no dia 22 de Dezembro, quando faltavam dez dias para o fim do prazo.
A medida da antecipação foi orientada pelo Titular do Poder Executivo, João Lourenço, que, segundo uma fonte da UNTA-CS, evitou a paralisação da economia. Por sua vez, o secretário-geral da Central Geral de Sindicatos Independentes e Livres de Angola (CGSILA), Francisco Jacinto, referiu que com a posição do Executivo as centrais sindicais fizeram um exercício mental, “muito grande”, se podiam avançar para a greve geral anunciada no ano passado ou atender a resposta do Executivo.
Segundo ainda Francisco Jacinto, ponderadas todas as situações decidiu-se ir à mesa de negociações. Para as duas centrais sindicais, o interesse maior é ver as revindicações atendidas numa negociação de boa-fé. “O objectivo soberano não é a greve, mas junto do Executivo encontrar entendimento sobre as exigências contidas no caderno reivindicativo. “Negociar de boa-fé”, disse o secretário-Geral da Central Geral de Sindicatos Independentes e Livres de Angola.
POR: José Zangui