O roteirista e realizador angolano Abel Couto será o homenageado da 5ª edição do Festival Internacional de Curta-metragens da Kianda (Fesc-Kianda), que acontece em Janeiro de 2024 (de 18 a 28), no Instituto Guimarães Rosa, em Luanda
A honra, segundo a organização, deve-se ao trabalho que o roteirista tem realizado e contribuido no desenvolvimento da sétima arte e da televisão angolana. O acto em referência será ainda feito de forma multifacetada, envolvendo partidas de futebol, sopa solidária e a apresentação de 25 categorias artísticas, entre as quais o melhor filme, melhor actor, melhor realizador e a melhor direcção de fotografia, entre outras. De igual modo, a organização prevê condecorar a produtora cinematográfica do ano.
O director-geral do festival, Vânio de Almeida, disse que nesta 5ª edição Fesc-Kianda tenciona reconhecer os feitos de Abel Couto para enaltecer o trabalho que este vem desempenhando em prol da cultura, que envolve a sétima arte e a televisão nacional. O evento tem ainda como objectivo comemorar o aniversário da cidade de Luanda. “O maior objectivo do festival é congregar os fazedores da sétima arte, comemorar o aniversário da cidade de Luanda e homenagear algumas figuras do panorama cinematográfico nacional”, afirmou o director.
Exibição de filmes nacionais e internacionais Segundo Vânio de Almeida, durante 10 dias o evento de carácter anual vai servir para a apresentação de um conjunto de 36 obras cinematográficas nacionais e internacionais, com destaque para os países da Comunidade de Língua Oficial Portuguesa (CPLP), como Brasil, Moçambique, Guiné Bissau, e Cabo Verde. Sem avançar as obras que serão exibidas, o responsável sublinhou ainda que, apesar de a organização prever o número de filmes a serem exibidos, com- põem actualmente o programa mais de 280 obras cinemato- gráficas inscritas da CPLP, mas que não serão exibidas, tendo em conta a data e o período de realização do festival.
A par da exibição de filmes e outras actividades multidisciplinares, o evento almeja possibilitar aos angolanos uma formação de roteiro, ao cargo da roteirista brasileira Letícia Simões, onde a escolha da escritora de filmes deveu-se às relações existentes entre a organização do evento e o trabalho executado pela responsável na embaixada do Brasil em Angola. Expectante, o director avançou que a organização está a trabalhar nesta 5ª edição há mais de oito meses, a fim de realizar um festival acima do que têm estado a apresentar nas edições passadas.
“Isto é, para poder dar maior destaque aos fazedores da sétima arte, e, de certo modo, impulsionar o cinema nacional, que diariamente está a dar passos significativos para o seu desenvolvimento”, apontou. Através deste projecto espera- se alcançar o reconhecimento a nível nacional e internacional, e ser um dos grandes catalisadores do cinema nacional. Isso por se tratar de uma iniciativa que surge da necessidade de dar resposta à escassez de festivais nacionais de curta-metragem.