A Rússia e a Liga Árabe condenaram, na Quarta-feira, numa cimeira ministerial em Marraquexe, “os actos” contra a navegação marítima comercial no mar Vermelho, com os crescentes ataques dos rebeldes Huthi do Iémen contra navios ligados a Israel.
Esta posição foi acordada numa declaração aprovada no final da sexta edição do Fórum Árabe-Russo, celebrado Quarta-feira com a presença de vários ministros dos Negócios Estrangeiros árabes e o chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov.
O documento indica que a Rússia e a Liga Árabe insiste no princípio da livre navegação em águas internacionais conforme a lei internacional e o direito do mar.
Ambas as partes “rejeitam e condenam os actos contra a segurança da navegação marítima, as instalações marítimas, o abastecimento de energia, oleodutos e instalações petrolíferas” no golfo Pérsico, no Golfo de Omã, estreito de Mandeb, mar Vermelho e estreito de Ormuz, de acordo com a declaração.
Os rebeldes Huthi, que controlam várias partes do Iémen, incluída a capital Sana, anunciaram na Terça-feira a sua determinação em continuar a atacar navios com ligações a Israel, numa reacção à guerra que esta mantém com o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza.
Entretanto, os Estados Unidos anunciaram a criação de uma coligação militar de vários países para garantir a segurança e a liberdade de navegação no mar Vermelho.
Na declaração conjunta, os ministérios árabes e russo também condenaram a “ofensiva israelita contínua e crescente contra o povo palestiniano” na Faixa de Gaza.
Esta guerra foi um dos temas centrais no fórum, onde marcaram presença os responsáveis pela diplomacia do Egipto, Bahrein, Iémen e Palestina, e responsáveis da Liga Árabe, além de Lavrov.