A Maternidade Irene Neto do município do Lubango, capital da província da Huíla, assistiu, com sucesso, de Janeiro a Novembro deste ano, um total de 16.700 partos, na razão de 50 por dia.
João Katombela, na Huíla
A informação foi avançada na cidade do Lubango, pela directora do Hospital Materno-infantil, Irina Jacinto, durante uma visita que a vice-presidente do MPL, Luísa Damião, efectuou àquela unidade sanitária.
De acordo com Irina Jacinto, dos 16mil e 700 partos assistidos na referida unidade sanitária, cerca de 4mil e 008 foram com intervenção cirúrgica devido a complicações durante os trabalhos de parto nas mães gestantes.
Irina Jacinto disse ainda que a reabilitação de que foi alvo a Maternidade do Lubango veio alicerçar a qualidade de um hospital Materno-infantil Regional, que atende simultaneamente as províncias do Bié, Huambo, Cunene e Namibe.
510 casos de câncer
Ainda de janeiro a novembro do ano em curso, a Maternidade do Lubango registou cerca de 510 pacientes com diversos tipos de câncer, com destaque para os cânceres do útero e da mama.
Segundo disse, maior parte destes pacientes são da província do Namibe, que também lidera o gráfico de províncias que mais acorrem aos serviços da Maternidade do Lubango.
“Da região sul do país, a província que mais acorre aos nossos serviços, é a do Namibe, particularmente com os municípios de Camucuio e Bibala, seguida da província do Cunene” afirmou.
Por outro lado, a responsável sanitária informou que foram realizadas num período de 11 meses consultas de obstetrícia de alto risco, num total de 3.349 casos; 2917 consultas de ginecologia.
Já no Banco de Urgências (BU) do Hospital Materno-infantil Regional do Lubango, foram atendidas no mesmo período 17mil e 348 pacientes.
Irina Jacinto revelou por outro lado que de Janeiro a Novembro do presente ano, um total de 10mil e 800 mulheres aderiram ao planeamento familiar na Maternidade do Lubango.
Falta de quadros preocupa direcção da Maternidade do Lubango
A falta de quadros para responder as necessidades da Maternidade do Lubango continua a ser uma preocupações para a sua direção, que afirma haver um maior défice.
Sem adiantar o número de quadros necessários para colmatar este défice, a directora do Hospital Regional Materno-infantil do Lubango, Irina Jacinto, disse que a maior necessidade recai para os médicos de especialidade.
No seu entender, a situação tem vindo a agudizar-se com a passagem de muitos técnicos de saúde que em todos os anos passam para a reforma e outros que cessam o seu trabalho activo por motivos de doença.
“O nosso Hospital está bem, continua a prestar os serviços para o qual é vocacionado, temos necessidades de recursos humanos e um orçamento maior, nós temos uma demanda maior de pacientes, apesar de que a cada ano se vai incrementando mais quadros, é preciso entender que em todos os anos muitos vão para a reforma” explicou.
Apar da falta de recursos humanos, com realce para enfermeiros e médicos especializados, Irina Jacinto, aponta igualmente a exiguidade de medicamentos para atender a demanda das necessidades dos utentes daquela unidade sanitária.
MPLA responde a necessidade de medicamentos com mais de 13 mil caixas
A Vice-Presidente do MPLA trabalhou no último fim-de-semana na província da Huíla, onde visitou os municípios da Humpata, Chibia e Lubango.
Durante a sua estadia no município do Lubango, Capital da Província da Huíla, Luísa Damião, visitou o Hospital Regional Materno-infantil, Camarada Irene Neto, onde foi informada do seu funcionamento, bem como das suas necessidades.
Em respostas às necessidades apresentadas pela directora daquela unidade sanitária, Luísa Damião procedeu a entrega de 13mil e 215 caixas de medicamentos diversos com realce para os medicamentos essenciais e os de combate a malária.