O Presidente russo, Vladimir Putin, dá hoje, Quinta-feira, a primeira grande conferência de imprensa desde o início da guerra na Ucrânia, em Fevereiro de 2022, que combinará com respostas a perguntas do público
O Kremlin (Presidência) informou anteriormente que Putin iria passar todo o dia de ontem a preparar o evento, que normalmente se realiza anualmente, mas que foi cancelado no ano passado.
Até ontem, tinham sido recebidas mais de 1,5 milhão de perguntas, apresentadas pelos russos ‘online’ ou por telefone, de acordo com a televisão russa, citada pela agência espanhola EFE. Espera-se que Putin escolha algumas das questões levantadas pelo público e responda a perguntas dos jornalistas, que também estarão presentes na sala.
O Kremlin referiu, anteriormente, que este ano, apesar do antagonismo com o Ocidente, vários representantes da imprensa ocidental acreditados na Rússia poderão assistir à conferência de Putin.
O líder russo deverá analisar a situação na frente ucraniana, onde as tropas de Moscovo têm vindo a assumir a liderança há semanas. Além da Ucrânia, Putin deverá discutir a situação no mundo, o confronto com o Ocidente e questões económicas, incluindo medidas para lidar com as sanções impostas a Moscovo.
O chefe do Kremlin poderá também falar sobre a sua campanha eleitoral, depois de ter anunciado recentemente que se vai candidatar a um novo mandato nas eleições de Março de 2024.
Estava previsto que Putin anunciasse a candidatura na conferência de imprensa anual, tal como anteriormente. O estadista, que está no poder desde 2000, optou, desta vez, por uma condecoração de militares russos, realizada há uma semana, para fazer o tão esperado anúncio.
O Kremlin decidiu combinar este ano a conferência de imprensa com a sessão de perguntas e respostas aos cidadãos, a chamada Linha Aberta, que costumavam ocorrer no primeiro e no segundo semestre de cada ano, respectivamente.
Em Junho de 2021, o líder russo, que completou 71 anos em Outubro, fez o último discurso deste tipo.
Putin alterou a Constituição, em 2020, para lhe permitir permanecer no Kremlin mais dois mandatos de seis anos cada um, até 2036, altura em que terá 84 anos.