Ao Exmo. Senhor Director do Jornal OPAÍS, queira aceitar as nossas respeitosas saudações. Sirvo-me da presente carta para, por intermédio deste jornal que é uma referência no país, fazer chegar à direcção da Empresa Pública de Água de Luanda (EPAL) uma reclamação relativa à cobrança por estimativa do preço deste precioso líquido aos clientes da Centralidade do Kilamba e da Urbanização do KK 5000, no município de Belas.
É um problema que já decorre há vários anos e que, até certo ponto, tem sido bastante prejudicial para pessoas honradas que diariamente fazem inúmeros sacrifícios para garantir o sustento das suas famílias.
Acontece que o preço da água consumida mensalmente, no sistema pós-pago, ter-se-á transformado numa maneira de se extorquir o cidadão.
Digo isso porque todos os meses a EPAL envia facturas aos clientes em regime pós-pago, estabelecendo preços a seu bel-prazer, uma vez que nada têm a ver com a quantidade de água consumida por família.
Geralmente, os preços variam sem, no entanto, o cliente registar um aumento exponencial no consumo de água.
E quando se vai reclamar, a resposta que se dá é sempre a mesma. Nestes casos, os funcionários, por regra, exigem aos clientes que façam prova de que não consumiram a quantidade de água em referência na factura.
Para evitar constrangimentos, alegam que o valor a ser pago resulta da leitura que os seus colegas da área técnica fazem no contador de cada residência. Sendo certo que, conforme pude constatar, há meses em que se chega a cobrar um valor superior ao que se paga por uma cisterna de água de 30 mil litros.
Estranhamente, Senhor Director, há mais de cinco anos que resido na centralidade do Kilamba e nunca vimos um técnico da EPLA fazer leitura do contador de água por apartamento no meu edifício ou quarteirão.
No entanto, nem tudo vai mal. Aproveito para felicitar a direcção da empresa pelo eficiente serviço de apresentação de facturas por SMS.
Por: Adão Simão,
município de Bela