O alto-representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, criticou, ontem, a visão do primeiroministro húngaro de querer acabar com o apoio à Ucrânia, considerando que é o momento de fazer precisamente o oposto
“Sei que (Viktor) Orbán está a viajar pelo mundo, visitou o Presidente Macron, foi à Argentina… . É algo que, certamente, vai ser discutido (na reunião de hoje [ontem]), mas espero que (a Hungria) não quebre a unidade europeia, não é o momento de enfraquecer o nosso apoio à Ucrânia, é precisamente o contrário”, disse Josep Borrell, à entrada para uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27, em Bruxelas.
O chefe da diplomacia europeia lembrou que até hoje a UE disponibilizou “mais de 26 mil milhões de euros em apoio militar”, ao abrigo do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz (MEAP), para ajudar a Ucrânia a enfrentar a invasão russa.
E, ao contrário da opinião de uma parte dos Estados-membros, que defendem que o apoio devia ser feito bilateralmente, Josep Borrell advertiu que é necessário coordená-lo ao nível da UE.
A Rússia está a intensificar o número de ataques com ‘drones’ desde o início da invasão, em 24 de Fevereiro de 2022, mas o chefe da diplomacia europeia contrapôs que Moscovo está com o maior número de baixas desde o princípio do conflito: “É o momento de pôr toda a nossa capacidade de apoio à Ucrânia”.
Por isso, Borrell vai apresentar uma proposta de segurança para aumentar as capacidades do MEAP.