Angola encontra-se na posição 156 relativamente ao alcance dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) traçados na Agenda 2030 pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2015, num universo de 193 países membros desta instituição internacional. Se
A presente posição angolana na Agenda 2030, tal como de outras nações, ainda está longe para concretizar os 17 ODS estabelecidos pela ONU e os 10 princípios universais lançados, em 2000, pelo então secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, segundo a directora do Pacto Global desta Organização em Angola, Eliana dos Santos.
Perante esse cenário, a responsável considera haver ainda muito trabalho a ser feito em Angola, apontando, essencialmente, a necessidade da classe empresarial privada reforçar cada vez mais os mecanismos de actuação e aplicação prática das matérias relacionadas com o meio ambiente, direitos humanos e anticorrupção, na realidade angolana.
Em exclusivo à ANGOP, Eliana dos Santos revelou que, até ao momento, apenas 22 empresas angolanas aderiram ao Pacto Global da ONU, que visa alinhar as estratégias de negócios das empresas aos dez princípios relacionados com as matérias dos direitos humanos, meio ambiente, práticas laborais e anticorrupção, augurando que o número de empresas aumente para 25 até final deste ano.
Por esse motivo, referiu, o sistema da ONU em Angola e seus parceiros promoveram sexta-feira última, em Luanda, um encontro que juntou a classe empresarial angolana, com o objectivo de debater o Papel do sector privado no alcance das metas traçadas na agenda 2030 das Nações Unidas.
Para a directora da plataforma Pacto Global das Nações Unidas em Angola, é importante que os empresários olhem para a questão sustentabilidade como uma oportunidade para diversificarem os seus negócios, praticando acções que asseguram o futuro das nações.
Por sua vez, a coordenadora residente do sistema da ONU em Angola, Zahira Virani, reconheceu que todos os países do mundo estão “bastante atrasados em relação ao cumprimento das metas dos ODS”, numa altura que faltam apenas sete anos para 2030, período estabelecido para concretização dos Objectivos.
Quanto à realidade angolana, adiantou que, até ao momento, o país atingiu cerca de 25% dos ODS, facto que obriga Angola redobrar os esforços acelerar as suas acções para concretizar as metas preconizadas.
Por outro lado, Zahira Virani apela às empresas que aderiram ou pretendam fazer parte do Pacto Global da ONU a colocar em prática os dez princípios e ter o compromisso de promover um desenvolvimento sustentável que garante o bem estar para todas populações.
O Pacto Global da Nações Unidas constitui-se numa plataforma para as empresas alinharem suas estratégias e operações aos dez princípios universais nas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e anticorrupção, desenvolvendo acções que contribuam para enfrentar os desafios da sociedade.
Lançado, em 2000, por Kofi Annan, é a maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo que visa alinhar as estratégias das empresas aos dez princípios universais e aos 17 Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).