O Executivo angolano destacou o seu compromisso na prevenção de desastres climáticos. A Organização Mundial de Meteorologia escolheu Angola para sediar o Centro de Controlo de África
O Governo angolano pretende instalar cem estações de controlo climático e prevenção de acidentes em todo o território nacional num período a médio prazo. A informação foi avançada pelo ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira, enquanto falava na 28.ª edição da Cimeira das Nações Unidas sobre o Clima (COP-28), que decorre nos Emirados Árabes Unidos.
Ao intervir num dos painéis sobre prevenção e desastres climáticos, que juntou vários países africanos, Mário Oliveira, destacou o compromisso de Angola na prevenção de desastres climáticos, afirmando que o país terá um conjunto de ferramentas tecnológicas, entre aplicativos e outras soluções de alertas eficazes para anomalias naturais severas.
O governante revelou ainda que a Organização Mundial de Meteorologia escolheu Angola para sediar o Centro de Controlo de África. “Estamos a preparar condições para avançarmos para uma segunda fase para o alargamento da rede nacional de estações, com esse alargamento vamos poder cobrir o país todo, e com essa cobertura poderemos melhor servir os interesses nacionais, do ponto de vista económico e social”, disse o ministro.
Actualmente, mais de oitenta estações são operacionais no país, como parte da rede nacional de estações, engajando-se no esforço global para garantir um futuro sustentável. “Os nossos operadores nacionais têm estado a requerer serviços por via do ANGOSAT, porque o ANGOSAT é a grande auto-estrada de comunicações que o país tem, onde todos os nossos operadores colocam serviços”, avançou, sublinhando que o Ministério tem estado a instalar um projecto novo denominado “Conecta”, que tem estado a crescer em todo o país.
Modernizar os sistemas de meteorologia
O ministro angolano afirmou que Angola tem modernizado os sistemas de meteorologia e geofísica para dar respostas rápidas às populações afectadas pelos constantes sinistros naturais, apontando a combinação entre os serviços do INAMET, através de inovações tecnológicas, e o Programa Espacial Nacional como a base da nova fase em implementação. A Organização das Nações Unidas (ONU) pretende que, até 2027, todos os seres humanos possam ter acesso à informação meteorológica, independentemente do local onde se encontrarem, no intuito de acautelar a integridade das pessoas e dos seus bens.