Pelo menos 14 pessoas, incluindo crianças e mulheres, foram mortas nos ataques aéreos israelitas contra o campo de refugiados de Nuseirat, na região central da Faixa de Gaza, informou, nesse Domingo (3), a agência de notícias palestina WAFA
De acordo com a publicação, o número de mortos ainda deve aumentar durante as operações de resgate. Durante a guerra contra o Hamas, que começou no dia 7 de Outubro e já deixou mais de 16 mil palestinianos mortos, as Forças de Defesa de Israel (FDI) já realizaram outros ataques contra campos de refugiados na região palestiniana sob a justificativa de que os locais são usados pelo movimento como centro de controlo.
Para a Organização das Nações Unidas (ONU), a destruição de bairros inteiros “não é uma resposta para os crimes atrozes cometidos pelo Hamas”. Num artigo de opinião, o chefe da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos no Oriente Médio (UNRWA, na sigla em inglês), Philippe Lazzarini, disse que a ofensiva israelita cria “uma nova geração de palestinianos injustiçados que, provavelmente, continuarão o ciclo de violência”.
Em resposta aos ataques do Hamas contra Israel, Tel Aviv mobilizou mais de 300 mil reservistas, além de iniciar ataques aéreos contra o território palestiniano.
Em 28 de Outubro, Netanyahu anunciou que as tropas entraram, por terra, em Gaza e avançaram para a segunda fase da guerra.
Muitos países já apelaram a Israel e ao Hamas para que cessassem as hostilidades e negociassem um cessar-fogo, além de uma solução de dois Estados como a única forma possível de alcançar uma paz duradoura na região.
Fim da pausa humanitária
Um acordo mediado pelo Hamas levou a uma pausa humanitária de uma semana em Gaza para a libertação de reféns pelo Hamas e ainda a chegada mais intensa de ajuda com alimentos, água, remédios e combustíveis.
Mais de 80% da população de 2,3 milhões de palestinianos na região precisaram deixar as suas casas e vivem em abrigos temporários.
A trégua foi prorrogada várias vezes, mas na Sexta-feira, 1 de Dezembro, os militares israelitas retomaram os combates contra o Hamas na Faixa de Gaza, afirmando que o grupo tinha violado a pausa ao abrir fogo contra o território do país judeu.