Em entrevista ao jornal O PAÍS, o presidente do Wiliete Sport Clube de Benguela, fun- dado em 2018, Wilson Faria, falou sobre os objectivos que tem no presente Girabola, assim como dos projectos que tem a curto, médio e longo prazo. Entre outros assuntos, Wilson Faria referiu que o desporto deve ser feito à luz de fundamentos científicos associados ao marketing e a publicidade para gerar recursos, alegando, sem esquecer, que é importante estar aliado às boas práticas para, cada vez mais, ficar distante de factos que prejudiquem o bom nome dos dirigentes e do futebol
Onde e como surgiu a ideia da criação do Wiliete Sport Club de Benguela?
Em 2009, recebi o convite do presidente Rui Araújo, que a terra lhe seja leve, para fazer parte da direcção do 1º de Maio de Benguela, como vice-presidente, para dar o meu contributo. No entanto, não sou frio, mas se eu aceitar determinado convite, é para fazer e se for para não fazer, prefiro retirar-me. Foi o que aconteceu no 1º de Maio de Benguela. Estávamos a implementar a nossa visão para um futebol mais virado para a área comercial, mas infelizmente não fomos bem compreendidos, deci-dimos largar o barco em finais de 2016 para criarmos algo próprio, e, portanto em 2018 fundamos o Wiliete de Benguela.
Perante o processo que narrou, sente-se dissidente do 1º de Maio de Benguela?
Sou do 1º de Maio de Benguela. Não sou dissidente do 1º de Maio de Benguela, saímos de forma normal, escrevemos e informamos e como não estávamos alinhados, decidimos avançar com aquilo que era o nosso objectivo.
Já se pode considerar o Wiliete uma marca do futebol benguelense ou nacional?
Creio que não deve ser eu a responder esta questão. Nós estamos a trabalhar. Somos um bebé, estamos a engatinhar como todo um processo de vida, embora nos ele- vem como o grande e o super Wiliete. Vai chegar a altura em que de facto seremos o Wiliete desejado.
O Wiliete foi transformado em Sociedade Anónima Desportiva (SAD). Qual é a novidade deste processo?
Como disse antes, a nível profissional, sou empresário e fui da banca. Como deve calcular, a ideia aqui é criar um négócio para o futebol, por isso é que criamos a SAD. Percebemos e entendemos que o futebol tem que gerar recursos, claro que cada um ao seu nível, daí que pensamos que houve a necessidade de se criar a SAD. Queremos acabar com o rótulo que infelizmente ainda existe, ou seja, de que os clubes são meros pedintes. Estamos a implementar alguns princípios para dar sequência.