UNESCO garante que estará sempre ao lado de África para construir a paz e assegura que Angola pode contar com o seu total apoio na nobre tarefa da busca pela paz no continente africano. Ao falar à margem da 3.ª edição da Bienal de Luanda, o director-geral adjunto da UNESCO, Xing Qu, afirmou que, ao organizar esta edição da Bienal de Luanda, com a União Africana e a UNESCO, Angola está a reconciliar-se com o seu passado e o seu presente, tendo em conta a experiência de conflito armado que viveu durante três décadas.
Xing Qu felicitou o Governo angolano, em especial o Presidente da República, João Lourenço, por indicar o caminho para uma cultura de paz. Sublinhou que a África é uma das prioridades globais da UNESCO, juntamente com a igualdade de género, alegando que a UNESCO está empenhada em construir a paz no continente através da educação, realizando programas de prevenção do extremismo violento em toda a África.
“A nossa convicção está consagrada na nossa Constituição, que afirma: ‘uma vez que as guerras começam nas mentes dos homens e das mulheres, é nas mentes dos homens e das mulheres que devem ser construídas as defesas da paz’”, disse. Fez saber que o projecto da UNESCO denominado “Jovens Tecelões da Paz”, lançado em Novembro de 2021, já formou mais de mil quinhentos jovens para combater a discriminação e o discurso de ódio nas regiões transfronteiriças do Gabão, dos Camarões e do Chade.
Avançou que a UNESCO está também a implementar projectos de literacia mediática e da informação, a fim de desenvolver o pensamento crítico entre os utilizadores de Internet, onde o discurso de ódio está a aumentar. “Trabalhamos também para salvaguardar o património cultural africano durante os conflitos armados e para impedir o tráfico ilícito de bens culturais porque sabemos que o património, a memória, é uma ferramenta indispensável para construir a paz do futuro”, avançou.