O ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, alertou a ONU de que o Oriente Médio poderia entrar numa guerra de grande escala se os militantes do Hezbollah permanecerem no Sul do Líbano, perto da fronteira com Israel, informou a mídia local.
O Channel 12 israelita afirmou que o diplomata emitiu o aviso após semanas de bombardeios esporádicos e escaramuças na fronteira israelo-libanesa.
Os confrontos se intensificaram desde o ataque do movimento palestiniano Hamas contra Israel em 7 de Outubro. O Hezbollah diz que se juntou aos militantes, em Gaza, na sua luta contra Israel, mas está longe de lançar uma grande ofensiva do Líbano.
A organização xiita tem laços de longa data com o Irão, e acredita-se que seja muito mais bem equipada e formidável do que os grupos palestinianos que operam na Faixa de Gaza e Cisjordânia.
Relatando na Terça-feira (21), o referido canal de TV alegou que Cohen dirigiu o seu aviso ao Conselho de Segurança da ONU, instando-o a aplicar a Resolução 1701, que pôs fim ao conflito de 2006 entre Israel e o Hezbollah.
A resolução também apelava para o desarmamento e a retirada de todos os grupos armados irregulares libaneses, incluindo o Hezbollah, do Sul do rio Litani, perto da fronteira israelita.
O fracasso de uma força de paz da ONU em implementar plenamente as medidas pode resultar numa guerra regional, previu Cohen, conforme citado pelo canal.
No início deste mês, o The Times of Israel citou o ministro da Defesa, Yoav Gallant advertindo o Hezbollah que estava “perto de cometer um grave erro”. O chefe da pasta também salientou que “o que estamos a fazer em Gaza, sabemos como fazer em Beirute”.