Os números são assustadores. Duas mil e 607 pessoas perderam a vida nas estradas do país de Janeiro a Outubro do corrente ano. Há ainda 14.950 que ficaram feridos por conta dos 12.069 acidentes registados no período em referência. Porém, voltando às vítimas mortais, trata-se de várias famílias que ficaram privadas de conviver com os seus entes, quer seja por culpa deles ou de outrem.
Além do factor vida humana, há que se ter em conta que alguns deles eram os responsáveis por proporcionar o bem- estar das suas famílias, arcando com as mais diversas despesas. Os indicadores do Executivo, segundo uma mensagem da Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, apontam para uma tendência crescente que, no seu ponto de vista, “a todos deve preocupar e apelar à uma reflexão”.
Essa reflexão passa por todos os automobilistas se consciencializarem que para não figurarem nesta estatística, de- vem optar por uma condução defensiva, cumprindo rigorosamente com as normas estabelecidas no Código de Estrada. As acções do Executivo para reduzir o número de acidentes de viação, enquadradas no Plano Nacional de Viação e Ordenamento do Trânsito 2023–2027 são bem-vindas.
É consensual a urgência que há para se “devolver às estradas angolanas a tão almejada segurança rodoviária”. Entretanto, para tal, cada um de nós, enquanto utentes da via pública, deve se consciencializar que pode ser a próxima vítima mortal.