A vandalização de uma escola fez espoletar uma operação do Comando Municipal de Cacuso, que acabou por se estender a nível da província, e resultou na apreensão de um total de 1549 carteiras que foram furtadas em várias escolas de Malanje
Foi por meio de uma denúncia do empreiteiro que está a construir e a apetrechar uma escola no bairro Lombe, município de Cacuso, província de Malanje, que a Polícia local decidiu dar início a uma operação de recuperação dos materiais furtados.
O empreiteiro queixa-se de constante vandalização da obra, com particular realce para o furto dos materiais escolares, divididos entre carteiras, cadeiras, armários e quadros. Assim, no dia 26 de Outubro, altura em que a Polícia recebeu a denúncia.
‘operação lussolo’ foi transformada em provincial De acordo com o superintendente João Soares, do Departamento de Comunicação Institucional e Imprensa da PNA em Malanje, as forças policiais conseguiram recuperar, só no município que em se espoletou a operação, um total de 677 carteiras.
As buscas nas residências continuaram e em todos os 14 municípios que compõem esta província foram encontrados algum objecto furtado das mais varia- das escolas. No total, foram 555 carteiras, 994 cadeiras, quatro armários e três quadros. O município de Cacuso, obviamente, é o que maior número de objectos perdeu, neste caso 312 carteiras e 365 cadeiras, enquanto o de Calandula foi o que menor número registou, com apenas o furto de quatro cadeiras.
Nesta operação, segundo o director João Soares, foi possível deter 33 cidadãos, encontrados em posse de materiais escolares, mas já foram postos em liberdade. Entretanto, o entrevistado que falou para o jornal OPAÍS mostrou-se preocupado com o facto de a maior parte das escolas não ter um efectivo que garanta a guarda.
“O problema é que estas escolas não têm guarnição. Hoje mesmo devolvemos as carteiras nas escolas, algumas não têm portas por exemplo, o que poderá levar a que mais pessoas voltem a retirar os objectos, infeliz- mente. Fez-se a sensibilização que se apraz, pelo que a Polícia continuará a fazer o seu trabalho”, disse. Quando questionado se os implicados compraram ou venderam tais carteiras, o director de Comunicação e Imprensa disse que não, estes apenas as retiraram das escolas para uso próprio.