Em média, diariamente são feitos 20 funerais no cemitério do Benfica, entre 2 a 4 funerais nos cemitérios da Sant´Ana e Alto das Cruzes, todos na província de Luanda, segundo a directora do Gabinete Provincial do Ambiente, Gestão de Resíduos e Serviços Comunitários, Vânia Vaz
Em toda a extensão da província de Luanda existem 8 cemitérios, nomeadamente, Alto das Cruzes, Sant’Ana, Benfica, Camama, Viana, Funda, Mulemba e Icolo e Bengo. Apenas os cemitérios do Benfica, Sant´Ana e Alto das Cruzes é que estão sob tutela do GPL, pois que os restantes estão sob a responsabilidade das administrações municipais. Ainda assim, dos três cemitérios que estão sob a dependência do GPL apenas um está em pleno funcionamento, que é o cemitério do Benfica.
O campo santo do Alto das Cruzes e Sant´Ana encontram-se encerrados. De acordo com a directora do Gabinete Provincial do Ambiente, Gestão de Resíduos e Serviços Comunitários, Vânia Vaz, o cemitério do Benfica regista uma média de 20 funerais por dia e, nos cemitérios da Sant’Ana e Alto das Cruzes, entre 2 a 4 funerais, por dia.
“Os cemitérios do Alto das Cruzes e Sant´Ana encontram-se encerrados porque são os mais antigos que a província tem e já atingiram a capacidade máxima de lotação”, disse. Não existe um orçamento específico para a gestão dos cemitérios, nem para as morgues, pelo que a gestão que se faz é com base nos recursos que arrecadam dos serviços fúnebres.
Caso as famílias pretendam ter um jazigo, é necessário que tenham um espaço e façam um requerimento dirigido ao governador da província de Luanda a solicitar a autorização para o efeito. Já para realizar uma cerimónia fúnebre no velório, é necessário que se faça a marcação com a devida antecedência e pagamento.
Fez saber ainda que o Velório do GPL está encerrado para obras de melhorias, que estão na fase de conclusão e, brevemente, serão reabertos ao público. Existe ainda o velório do R20 das Forças Armadas e o dos bombeiros, mas não há qualquer intervenção do GPL na gestão.
Cremação ainda não começou Apesar de ter sido publicado em Diário da República, sobre a disponibilização de verbas para reabilitação e criação de crematório, a dirigente admitiu que ainda não existe uma data para a implementação do processo de cremação de corpos.
Entretanto, ressaltou que o cemitério do Benfica já tem um lugar reservado para esta finalidade, mas ainda não existe uma data prevista para o arranque das obras. Outrossim, lamenta o facto de estarem a registar nos cemitérios a falta de civismo por parte dos munícipes.
“Nós temos registado que muitas pessoas vão ao cemitério sem nenhum respeito ao campo santo. Muitos são aqueles que, enquanto estão a acompanhar o seu ente querido, sobem nas campas dos outros”, desabafou.
Muitas pessoas vão para aqueles lugares embriagados e acabam sempre criando vários constrangimentos, uma vez que não aceitam cumprir as orientações estabelecidas para a segurança de todos.
A entrevistada diz que há toda uma necessidade de se resgatar os valores que se perderam ao longo do tempo, como o respeito e o amor ao próximo. Gostaria que os munícipes de Luanda tenham um comportamento digno de um bom cidadão dentro dos cemitérios.
Salário em actualização
Por outro lado, tendo em conta as frequentes reclamações de baixo salário por parte dos funcionários dos cemitérios, disse que sobre este assunto existe um processo que está sob orientação dos recursos humanos. “Os funcionários das morgues, todos, têm os contratos assinados, e neste momento estamos a tratar da questão das assinaturas dos contratos com os funcionários do cemitério do Benfica.
Depois será feito com os do Alto das Cruzes e Sant´Ana, respectivamente”, esclareceu a dirigente. Admite que houve um peque- no atraso porque nem todos os funcionários tinham bilhete de identidade e tiveram que esperar até a obtenção deste documento, bem como a abertura de uma conta bancária para o depósito dos salários.