Caro coordenador do jornal O PAÍS, desejolhe uma óptima Segunda-feira!
Aproveito o vosso espaço para falar sobre a forma como muitos jovens estão a favor da violência, em relação à forma como uma jovem, por traição, foi espacanda pelo agente do Serviço de Investigação Criminal (SIC), em Luanda, nos últimos dias.
Há um adágio popular que diz “as opiniões são livres, mas os factos são soberanos”, logo não se pode defender a violência sobre a violência.
A justiça por mãos próprias é condenada por lei, mas ninguém está autorizado a fazêla no ordenamento jurídico angolano.
Por esta razão, existem os tribunais e outros órgãos para garantir a certeza jurídica e a paz social. Assim, o jovem do SIC o qual espancou, barbaramente, a sua namorada por razões passionais, é ponto assente, cometeu crime e, como é evidente, a justiça tem a obrigação de fazer o seu papel.
Isto é algo que não pode ser encarado de ânimo leve, aliás a jovem, sua namorada, praticou um acto contrário aos bons costumes, mas era preciso ter mais calma.
É verdade, o agente do SIC tem a sua ficha “queimada” e logo fica sem razão, visto que ele, até se alega que é casado.
Pelo seu comportamento, arrasta também a instituição para a qual trabalha na lama, pena é que não há a cultura de se pedir demissão, mas internamente, mediante um processo disciplinar as coisas sejam outras.
O julgamento popular que se está a fazer da jovem não é bom, porque ela tem o direito de preservar a sua imagem, sobretudo as mais íntimas.
Penso que ainda se vai a tempo de evitar a violência sobre a violência, porque não abona à vida em sociedade, e estragar o futuro por bens materiais não é o caminho. Digamos não à violência!
Por: Domingos Cobra, Malanje