O Hospital do Prenda regista diariamente cerca de 70 pacientes na área de ortopedia, por conta do número elevado de sinistralidade rodoviária. Apesar desta situação, as equipas médicas buscam dar resposta à procura dos serviços, uma vez que a unidade hospitalar está a beneficiar de obras de requalificação
O chefe de serviço de ortopedia, Paulino do Nascimento, afirmou que a ampliação que está a ser feita naquela unidade hospitalar é uma mais-valia, sobre tudo na sua área, tendo em conta que aumentou o número de camas, não apenas na área de ortopedia, mas noutras componentes, tais como os cuidados intensivos e nefrologia.
O especialista, que falava durante a visita do Presidente da República, João Lourenço, no último Sábado, àquela unidade hospitalar, acrescentou que a sinistralidade rodoviária, tida como a segunda maior causa de morte no país, tem feito com que a média de atendimento diário no Hospital do Prenda não seja inferior a 70 pacientes.
Paulino do Nascimento disse que, quanto aos recursos humanos, os quadros existentes conseguem dar resposta aos serviços solicitados pelos utentes.
O Hospital do Prenda conta com 22 ortopedista e 19 estão em formação, um número que considera aceitável.
Na ocasião, a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, que conduziu a visita em companhia do director geral da unidade sanitária, Tomás Cassinda, explicou que o Hospital do Prenda, desde a sua edificação, em 1974, não teve grandes intervenções de obras de requalificação.
Já viveu situações difíceis, porém, e com poucos recursos, começaram de forma faseada a requalificar algumas das áreas prioritária daquela unidade hospitalar.
Entretanto, o Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço, constatou in loco a situação do hospital e recebeu orientações precisas sobre os recursos necessários para a conclusão da obra.
De acordo com Sílvia Lutucuta, o hospital em questão tem 250 camas, tem serviços cirúrgicos importantes, como a cirurgia geral, maxilo facial, ortopedia, traumatologia medicina interna, cuidados intensivos, e é ainda uma escola para formar diferentes especialistas.
Segundo a ministra, o Presidente da República ficou satisfeito com as iniciativas do hospital, em ter já reabilitado o bloco operatório, melhoramento dos cuidados intensivos e sobretudo no que concerne a expansão que fez na área de hemodialise.
“O distrito urbano do Prenda tem o centro de hemodiálise que funciona 24 sobre 24 horas, em função disso, a pressão na assistência começa a crescer não apenas nesta área, mas também no banco de urgência.
Será a primeira unidade sanitária a ter a enfermaria dedicada ao serviço de nefrologia”, disse.
Caso do médico agredido Quanto ao caso do médico que foi atirado pela janela a baixo, o Ministério da Saúde tem acompanhado o caso que está na PGR e as pessoas envolvidas estão às contas com a justiça.
Para evitar assuntos do género, o MINSA está a reforçar as equipas de segurança a nível das unidades hospitalares e a trabalhar em colaboração com o Ministério do Interior, de modo apoiar e garantir a segurança dos profissionais da saúde, assim como evitar a vandalização das infraestruturas.
Quanto o caso da paciente rejeitada, Sílvia Lutucuta reafirmou que o seu sector adoptou tolerância zero às más práticas e o mau atendimento aos utentes.
Sílvia Lutucuta referiu que a melhoria do serviço de saúde também depende da educação da população e da prontidão em trazer os pacientes às unidades sanitárias.
O que têm registado é que o cidadão procura fazer tratamento alternativo e chegam ao hospital muito tarde.
“Temos muitos profissionais de boa qualidade que prestam serviço de saúde de excelência, falam com os doentes, tratam os doentes de forma humanizada.
Porém, há também os que não falam com os pacientes, logo não sabe do que se trata”, disse, tendo acrescentado que o sector da Saúde pretende ter no seu quadro de profissionais aqueles que se sentem parte de uma grande família, que salva vidas e valoriza a vida humana.