A festa do povo está de regresso aos relvados do país, sendo que a primeira jornada, entre outros jogos, abre com o clássico dos clássicos, Petro vs 1º de Agosto, nos Coqueiros, às 16:00
O Girabola 2023/2024, a festa do povo, cuja primeira edição foi disputada em 1979 do século passado, coroando o 1º de Agosto campeão nacional, sai amanhã do papel para os estádios do país. A festa do povo, por conta do escândalo de corrupção no futebol, à luz de um áudio que vazou nas redes sociais, envolvendo o Petro de Luanda, Kabuscorp do Palanca e a Académica do Lobito, sofreu dois adiamentos.
Depois do sorteio realizado em Agosto, a Federação Angolana de Futebol (FAF), presidida por Artur Almeida, adiou a maior festa do desporto-rei no país sem mais delongas. Na sequência, o Conselho de Disciplina e o Jurisdicional da FAF “apertaram” os clubes visados com medidas duras, pondo em cheque a participação dos envolvidos nas Afrotaças.
Em sede da interposição do recurso com efeito suspensivo, o Conselho Jurisdicional “livrou” os clubes visados, facto que obrigou a adiar o arranque do Girabola de 13 de Outubro para o dia 28 do corrente mês. A decisão do órgão que rege o futebol, a partir do Nova Vida, em Luanda, deixou os amantes do futebol, adeptos, sócios dirigentes e treinadores completamente agastados. A programação dos clubes sofreu várias alterações, visto que valores financeiros foram cabimentados para um certo período tendo em conta as deslocações de um ponto para outro.
À excepção da disputa da Supertaça, o Campeonato Nacional não saía do papel há noventa dias, por isso as equipas apareceram sem ritmo nas eliminatórias de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões Africanos, bem como na Taça da Confederação. Ainda assim, os embaixadores angolanos, menos o 1º de Agosto que não se qualificou, o Petro, Sagrada Esperança e a Académica do Lobito carimbaram os passes para as outras fases das respectivas provas.
A FAF, para sacudir a água do seu capote, alegou que os adiamentos visavam manter a ordem no campeonato, uma vez que era necessário não haver paragens. Ainda assim, os adeptos e dirigentes, sem mandar para o recurso, reprovaram sem apelo nem agravo o órgão que rege a modalidade no país, basta ver o Petro que na Liga Africana jogou sem ritmo e logo foi eliminado pelo Mamelodi Sundowns da África do Sul.