O Festival inclusivo de artes “No Meu Mundo’’, que decorre desde o dia 12 do corrente mês, em Luanda, encerra nos dias 28 e 29, do corrente mês, com a estreia do espectáculo “Hip-Hop Ópera: As aventuras do Angosat”, primeira ópera do género realizada em Angola A ópera, segundo a organização, é uma ideia original do artista Isis Hembe com a participação de artistas de diferentes áreas, com e sem deficiência, no Centro de Animação Artística do Cazenga, com início marcado para às 18 horas.
Por fim, no Sábado, às 18h00 dá-se a estreia da Hip-Hop Ópera: “As Aventuras do Angosat”, no Anim’Art.
A peça teatral que vai ser exibida durante os dois dias, sublinha a nota, é um musical de Hip-Hop que segue a jornada emocional de Man Ré, um astronauta com deficiência que se prepara para uma missão espacial.
Durante o processo, ele reflecte sobre a importância desse evento histórico para a humanidade, esperando que a viagem proporcione um contacto com vida inteligente além da Terra.
Dentro da programação consta a realização, amanhã, da Oficina de Circo: “Entre a Terra e o Céu”, a ater lugar no Magistério Mutu-Ya-Kevela, a partir das 10h:00, contando com a exibição dos alunos das escolas Óscar Ribas e do próprio instituto técnico Mutu-Ya-Kevela.
As oficinas, de acordo com o programa, destinam-se a um público de 20 participantes de alunos da escola Óscar Ribas, que a única escola em Angola, que se dedica ao ensino de pessoas com deficiência visual, com idade igual ou superior a 10 anos, e alunos do referido Magistério.
Outras actividades
Dentro da programação do festival constou ainda realização de uma mesa redonda sobre “A Implementação da Lei de Acessibilidade”, que decorreu no Auditório das Irmãs Paulinas.
A discussão teve por objectivo analisar e debater, à luz da Lei 10/∂6 de 27 de Julho, Lei da Acessibilidade (Áreas Arquitetónica, comunicacional e Transporte), sobre as normas, condições e critérios de acessibilidade para as pessoas com deficiência.
“Pretendeu-se dar suporte a todo um trabalho a desenvolver em obediência à referida lei, de modo a salvaguardar as condições de inclusão social das pessoas com deficiência, eliminando as diversas barreiras ainda existentes no nosso País”. Escreve a organização numa nota envia a OPAÍS.
Foi ainda realizada a sessão de cinema com exibição dos filmes “Museu de Manifestações” e “Peixe Dourado”, no espaço cultural do Cazenga.
Trata-se de um encontro entre dois artistas, Petteri Savikorpi (acrobata) e Jérôme Aubert (aerilista) que, através de suas técnicas, vão confrontar as suas artes, sua habilidade, os seus corpos, e trocar experiências artísticas.
Festival Artes “No Meu Mundo’’
O Festival inclusivo de artes “No Meu Mundo’’ é uma iniciativa conjunta do Goethe-Institut Angola, Camões–Centro Cultural Português, Alliance Française de Luanda, Anim’Art, LARDEF (Liga de Apoio à Integração do Deficiente), ANADA (Associação Nacional de Artistas com Deficiência e Albinismo) e da Delegação da União Europeia em Angola, contando com o apoio institucional do Governo Provincial de Luanda, e com o financiamento do programa Espaços Europeus de Cultura, gerido pela EUNIC.
O festival junta ideias e projectos que têm origem em Angola e Portugal, apresentando traços culturais dos povos angolanos, desde as danças, aos rituais de passagem, às cerimónias fúnebres, à pesca artesanal, à colheita e à transformação de frutos até à espécie mais antiga do mundo, a Welwitschia Mirabilis.