O anúncio da Arábia saudita em cortar a produção em cerca de 2 milhões de barris por dia, e o aumento da procura do crude na China, Europa e nos estados unidos da América terão favorecido as vendas angolanas, segundo o secretário de estado para o Petróleo e Gás, José Barroso
No 3º trimestre de 2023, o país exportou cerca de 96,37 milhões de barris de petróleo bruto, avaliados em aproximadamente 8,26 mil milhões de dólares, o que para José Barroso, na qualidade de produtor, cujas receitas dependem do preço do petróleo, deve aproveitar o aumento do preço do barril para dar mais recursos para o tesouro nacional.
O responsável que falava, ontem, Terça-feira, 24, no balanço das exportações de petróleo bruto e gás referentes ao 3º trimestre de 2023, sublinhou que neste período, o petróleo brent, que serve de referência de exportação para Angola, registou um preço médio de 86, 748 dólares por barril. Para José Barroso, de maneira geral, os eventos permitiram o aumento dos preços, sendo que no 3º trimestre de 2023 registou- se vendas ligeiramente superiores ao trimestre anterior, com 96 milhões de toneladas métricas e preço médio superior.
“Começamos o trimestre com o preço datado de 76 dólares por barril e terminamos a 98 dólares que, de uma forma geral, foi positivo para as exportações do crude, com destaque para as ramas angolanas”, disse. De acordo com o responsável, as principais causas que estiveram no aumento do preço do petróleo tem a ver com diversos factores, com realce para a extensão dos cortes de produção da OPEP + até ao final do ano de 2023.
De igual modo, o anúncio da Arábia Saudita, em cortar a produção em cerca de 2 milhões de barris por dia, resultou na redução da oferta de petróleo bruto no mercado internacional, o que contrastou com o aumento da procura do crude pela China, Europa e nos Estados Unidos da América, em que houve maior procura e consequente- mente aumento dos preços.