Setenta e uma pessoas que vivem com albinismo e em condições de vulnerabilidade no município da Nharêa, província do Bié, receberam 132 mil kwanzas cada uma, para um período de um ano, no âmbito da expansão do Programa de Fortalecimento da Protecção Social (Kwenda)
Segundo o director do Instituto de Desenvolvimento Local (FAS) no Bié, Rizoni Chivembe, a acção visa ajudar esta franja a adquirir meios protectores, para evitar determinadas enfermidades. Beneficiaram do projecto, numa primeira fase, albinos das comunas do Dando, Caieie, Gamba, Lúbia e sede municipal da Nharêa. Cada pessoa com albinismo vai receber o benefício individualmente, não importa o número de membros que compõe o agregado, isto é, cada um receberá 132.000 Kz, correspondentes a um ano, à razão de 11 mil Kz por mês.
Na província do Bié, de acordo com uma nota enviada à nossa redacção, 82 mil e 951 famílias já beneficiam do projecto Kwenda, dos 158 mil e 601 agregados cadastrados desde a sua implementação, em 2020. Até ao momento, foram abrangidos agregados das municipalidades da Nhârea, Andulo e Cuemba, cujos valores pagos até agora estão fixados em 5 mil milhões, 607 milhões e 48 mil kwanzas.
O programa Kwenda é uma iniciativa do Governo de Angola que visa apoiar as famílias em situação de pobreza e vulnerabilidade, comportando quarto componentes, nomeadamente transferências sociais monetárias, inclusão produtiva, municipalização da acção social e o cadastro social único.
Implementado pelo FAS, o Programa KWENDA é avaliado em USD 420 milhões, sendo USD 320 milhões pelo Banco Mundial e USD 100 milhões pelo Tesouro Nacional. A província do Bié conta, aproximadamente, com 2 milhões de habitantes, distribuídos pelos municípios do Cuito (capital), Andulo, Camacupa, Catabola, Cuemba, Cunhinga, Nhârea, Chitembo e Chinguar.