O prémio Nobel da Química foi, essa Quarta-feira, atribuído aos cientistas Moungi G. Bawendi (Massachusetts Institute of Technology, EUA), Louis E. Brus (Columbia University, EUA) e Alexei I. Ekimov (Nanocrystals Technology Inc., EUA), “pela descoberta e síntese de pontos quânticos, (…) fundamentais para a nanotecnologia”, revelou a Academia Real das Ciências da Suécia, em conferência de imprensa
O Prémio Nobel da Química de 2023 premeia a descoberta e o desenvolvimento de pontos quânticos, nanopartículas tão pequenas que o seu tamanho determina as suas propriedades. Essas partículas têm propriedades únicas e agora espalham a sua luz a partir de ecrãs de televisão e lâmpadas LED.
Catalisam reacções químicas e a sua luz clara pode iluminar o tecido tumoral para cirurgiões”, lê-se numa nota informativa publicada no X (antigo Twitter).
Na mesma missiva, a Academia explica que “os pesquisadores utilizaram principalmente pontos quânticos para criar luz colorida”. “Acreditam que, no futuro, os pontos quânticos poderão contribuir para a electrónica flexível, sensores minúsculos, células solares mais finas e talvez para a comunicação quântica criptografada”, completa a nota.
Os Prémios Nobel têm um valor monetário de 11 milhões de coroas suecas (cerca de 950 mil euros).
O dinheiro provém de um legado deixado pelo criador do prémio, o inventor sueco Alfred Nobel, que morreu em 1896.
Após a entrega do Nobel da Medicina, na Segunda-feira, e da Física, na Terça-feira, este é o terceiro prémio a ser anunciado, seguindo-se nos próximos dias os galardões relativos à Literatura, Paz e Economia.
Os laureados são convidados a receber os seus prémios nas cerimónias de 10 de Dezembro, dia do aniversário da morte de Nobel.
O prémio da paz é entregue em Oslo, cumprindo a vontade de Alfred Nobel, enquanto a cerimónia de entrega dos outros prémios tem lugar em Estocolmo.