O país prevê realizar no dia 30 de Setembro, Sábado, a abertura do concurso público para licitação de 12 blocos petrolíferos para atenuar o declínio que se regista nos últimos anos e aumentar as reservas petrolíferas
Dos 12 blocos, quatro estão na Bacia Terrestre do Congo, que contempla os blocos CON 1, CON 3, CON 7 e CON 8 que, no passado, produziu 50 mil barris de petróleo/dia, e prevê-se que venha atingir, durante a fase de produção, 80 mil barris de petróleo/dia. Já a Bacia Terrestre do kwanza, com oito blocos, contempla o CON 1, CON 3, CON 7, CON 10, CON 13, CON 14, CON 15 e CON 19, que nos anos 70 e 80 produziu 20 mil barris de petróleo/dia. Nesta nova fase prevê-se atingir um volume diário de produção avaliado em mais de mil milhão de bar- ris de crude. As bacias do Baixo Congo e do Kwanza são tidas como tendo um potencial que permite garantir o retorno do investimento, quer de empresas nacionais e internacionais, incluindo as médias.
Após o processo que decorre no dia 30, as empresas poderão apresentar as suas propostas e submetê-las à Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANGP). A licitação das duas bacias decorre na base do Decreto Presidencial nº 52/19, que estabelece regras que visam aumentar a produção de petróleo e gás em Angola, bem como assegurar o declínio do crude no país. A estratégia geral do Executivo de atribuir as concessões petrolíferas, no período 2019/2025, prevê a licitação de mais de 50 concessões.
Recentemente, o ministro dos Recursos Minerais e Petróleo, Diamantino Azevedo, apelou aos empresários a participarem da licitação, tendo em conta as vantagens que se oferecerem com a nova legislação em vigor. O responsável apelou aos empresários que usufruem de todas as oportunidades da legislação angolana que o sector do petróleo tem neste momento, realçando as alterações que foram realizadas para os incentivos técnicos e financeiro.
“Os 12 blocos que serão licitados em duais bacias terrestres em Angola possuem grande potencial de produção e com um histórico comprovado da actividade petrolífera”, disse. De igual modo, lembrou aos empresários para não deixarem de consultar a ANPG para se informarem das oportunidades e maior divulgação por parte da instituição dos projectos e concursos.
Em relação ao conteúdo local, Diamantino Azevedo reconheceu que a lei aprovada em 2020 permite contribuir para que seja valorizado a força de trabalho angolana presente na indústrias petrolífera. “Estamos cientes das dificuldades. Temos trabalhado com as associações do sector e os empresários para que, apesar do contexto difícil, fazer com que as empresas locais cada vez mais apropriam de uma parcela considerável nos negócios na indústria petrolífera”, enfatizou.