O Papa Francisco disse, ontem, que o colonialismo “não é coisa do passado” e apelou ao fim do “sufocamento de África”, porque o continente “não é uma mina para explorar nem uma terra para pilhar”.
“Na África tão querida a Comboni, hoje dilacerada por numerosos conflitos, depois do político, desencadeou-se um colonialismo económico, igualmente escravizante”, acrescentou o Papa, durante a audiência geral realizada na Praça de São Pedro perante milhares de pessoas.
Francisco denunciou o “drama perante o qual o mundo economicamente mais avançado fecha muitas vezes os olhos, os ouvidos e a boca”, e recordou, a este respeito, o apelo que fez no discurso que dirigiu às autoridades durante a sua viagem a Kinshasa, em 31 de Janeiro de 2023: “Parem de sufocar a África: não é uma mina a explorar nem uma terra a pilhar”.
No início dessa viagem à República Democrática do Congo, Francisco apelou a que a África fosse “protagonista do seu próprio destino”.
“Que o mundo recorde os desastres cometidos ao longo dos séculos em detrimento das populações locais e não esqueça este país e este continente”, pediu então.