O Centro da África Austral de Ciências e Serviços para Adaptação às Alterações Climáticas e Gestão Sustentável dos Solos (SASSCAL) realizou, ontem, a sua terceira Reunião Ordinária do Conselho de Ministros da SASSCAL, tendo eleito o Botswana para assumir a presidência rotativa da organização.
Angola procedeu a passagem da presidência rotativa do Conselho de Ministros da SASSCAL à República do Botswana, que irá coordenar as acções da organização durante os próximos dois anos.
A decisão saiu da terceira Reunião Ordinária do Conselho de Ministros da SASSCAL, realizada ontem em Luanda, onde participaram representantes dos seis países membros da organização, nomeadamente Angola, Botswana, África do Sul, Namíbia e Zâmbia, com um suporte da República Federativa da Alemanha.
Na ocasião, a ministra angolana do Ensino Superior, Ciência Tecnologia e Inovação, Maria do Rosário Bragança, e também presidente cessante do Conselho de Ministros da SASSCAL, fez o balanço dos dois anos de presidência de Angola e falou dos ganhos e desafios do país dentro da organização.
A governante referiu que a SASSCAL, como organização de carácter científico e técnico voltado para as alterações climáticas e paras a gestão sustentável dos solos, tem actuado nesses domínios e tem proporcionado capacitação humana, da qual Angola tem beneficiado em programas de pós-graduação e licenciatura com bolsas de estudos.
Sublinhou que Angola tem beneficiado também de melhoria de implantação de estação meteorológica em várias partes do país e tem integrado equipas de investigação científica para a concretização de projectos de investigação científica conjuntos com os outros países membros do SASSCAL.
“Estamos numa fase em que ainda decorrem os projectos da segunda chamada do SASSCAL, onde Angola tem a coordenação de um projecto, através da Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade José Eduardo dos Santos, onde investigadores angolanos estão integrados em projectos de outros países”, disse a ministra.
Desafios
Reconheceu haver ainda muito trabalho por se fazer, referindo que Angola ambiciona, no curto e médio prazo, albergar o segundo centro de excelência do SASSCAL voltado à investigação científica ligada à segurança alimentar, que estará localizado na província do Huambo.
Como grande desafio, fez saber que a SASSCAL pretende passar a ser uma organização internacional e, para tal, apontou a necessidade de todos os países integrantes desta iniciativa ratificarem o Tratado SASSCAL.
Disse ser também pretensão da SASSCAL estender convite aos outros países da SADC que ainda não integraram a iniciativa .
“Esperamos que ao longo dos próximos meses essa ratificação fique concluída, para que os estatutos desta organização sejam tratados de acordo com as normas internacionais, e assim a SASSCAL poder ter mais capacidade de captar fundos para a realização das suas acções”, avançou.
A SASSCAL é uma iniciativa conjunta de Angola, Botswana, Namíbia, África do Sul, Zâmbia e Alemanha, que visa dar resposta aos desafios das mudanças globais.