O ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, afirmou, ontem, Quarta-feira,13, em Luanda, que o sector dos petróleos representa 95% dos produtos exportados e 30% do produto interno bruto (PIB), o que representa um grande peso na economia nacional e transformação do país
Ao falar na abertura da 4 ª Conferência Internacional sobre Oil & Gás, José de Lima Massano referiu que no quadro das exportações, em 2022, o país enviou 391 milhões de barris de crude ao preço médio de 101,992 dólares, perfazendo uma receita bruta na ordem dos 39, 94 mil milhões de dólares norte-americanos.
O governante acredita que o sector petrolífero tem um papel relevante nos mais variados domínios, sendo uma mola impulsionadora para a diversificação da economia nacional, tendo acentuado o compromisso do Executivo de prestar todo o apoio necessário para que as acções da diversificação continuem, em parceria com as companhias petrolíferas.
“Não deixaremos de continuar a fazer os investimentos que se impõem nos recursos naturais, incluindo dos recursos petrolíferos, para que possam a ser explorados”, disse.
José de Lima Massano sublinhou que, no caso de Angola, o sector dos petróleos é uma das peças fundamentais para a transformação da economia e da sociedade, apesar de reconhecer que os desafios da preservação do planeta a actividade petrolífera ainda vai influenciar no processo de emissões de gases de efeito de estufa (GEE).
Entretanto, destaca os projectos já em curso para a redução de gases de efeito de estufa, com realce para as energias limpas, quer hídrica quer solar.
“Angola está a alterar a sua matriz energética com um conjunto de investimentos em alternativas de geração de energia elétrica, permitindo aos angolanos a terem acesso a recursos energéticos”, disse.
Investimentos para travar declínio O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, disse que o maior investimento do Executivo em segmento de upstream (actividade de exploração e produção) tem a ver com diminuição do declínio acentuado de petróleo e manter a produção acima de um milhão de barris nos próximos anos, bem como reduzir declínio acentuado de petróleo.
Entre as acções em curso, o ministro destacou o desenvolvimeto de campos maduros, a extensão do período das concessões, aplicação de novos termos fiscais contratuais em campos marginas. Ainda no upstream estão a ser desenvolvidas acções para a exploração do gás natural que é importante para a transição energética com ganhos económicos para o país.
Para a sustentabilidade da produção de petróleo a mais longo tempo, Diamatino Azevedo referiu que o Executivo delineou vários estratégias para o sector com um grande potencial para a captação de investimentos nacional e estrangeiros.
Em relação a transição energética, Diamantino Azevedo salientou que constitui o principal tema da agenda de vários países, no entanto, poderá ser alcançada por via de uma transição energética justa e equitativa.
“Para a transição energética será necessário a utilização de todas as fontes de energia dando a possibilidade dos países produtores de petróleo e gás continuarem a desenvolver os seus recursos para promover o seu crescimento e desenvolvimento económico sustentável”, disse.
No caso particular de Angola, referiu que a segurança energética e descarbonização estão a ser tratadas no quadro da diversificação da matriz energética.
Para o efeito, o Executivo angolano tem apostado em investimentos hidroelétricos e desenvolvidos projectos fotovoltaicos e promovidas as unidades de energia.
“O sector petrolífero por via na Sonangol e os seus parceiros tem realizado um conjunto de acções para a implementação de energias renováveis, concretamente os projectos fotovoltaicos no Namibe já inaugurados e na Huíla, este último em fase de execução”, explicou Além das energias renováveis, a Sonangol esta envolvida em estudos para um projecto de hidrogénio verde, construir o seu centro de pesquisa e desenvolvimento no Cuanza Sul para pesquisas ligadas ao hidrocarboneto, energias renováveis e minerais.
Na cerimónia intervieram, o secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), Haitham al Ghais, o ministro dos Hidrocarbonetos da RDC, Didier Ntubuanga e representantes de multinacionais ligados a indústria petrolíferas.
O evento, que termina hoje, congrega mais de 275 participantes, representados por 45 países.
391 Milhões de barris de petróleo. É aquantidade de petróleo que opaís exportou em 2022