Um protocolo de cooperação com foco na pesquisa de doenças e na inovação de metodologias de investigação, no sector da Saúde, foi assinado, ontem, entre a Universidade Privada de Angola (UPRA) e a Ordem dos Médicos de Angola (ORMED), em Luanda
A reitora da UPRA, Silvana da Silveira, à margem da assinatura do documento rubricado na sede nacional da ORMED, abordou sobre a existência de certa necessidade de se criar um mecanismo de levantamento de diagnóstico, a fim de tornar possível o desenho de planos estruturais de intervenção, no sector.
“Quando eu menciono pesquisa e inovação, significa união de forças da Ordem dos Médicos com a Universidade Privada de Angola, no planeamento de estruturação de investigações que possam beneficiar a comunidade angolana como um todo”, avançou.
Em acréscimo, Silvana da Silveira disse que “dentro do contexto epidemiológico característico de Angola, a UPRA deseja contribuir com o elencar de dados que possam subsidiar planos de acção”, razão pela qual, justificou, a instituição tem firmado parceria com instituições nacionais e internacionais.
OR MED : “estamos carentes de investigação”
Por seu turno, a bastonária da ORMED, Elisa Gaspar, considerou a assinatura do referido protocolo como sendo de particular importância, pelo facto de reconhecer a existência de carência investigativa, no país, relativamente a soluções médicas para determinadas doenças. “Este acordo vai beneficiar-nos a todos, quer profissionais, como a população.
Estamos carentes de investigação, e estamos sempre na luta e a falar sobre isso.
Então, é uma oportunidade que nós temos de poder fazer o trabalho de investigação”, adiantou.
Para a bastonária da Ordem, a parceira na área de investigação científica vai ser bem-sucedida, durante o seu período de vigência, uma vez que, disse, a UPRA é uma instituição de ensino devidamente organizada, e que tem estado a formar muitos quadros.
“Tem sido uma Universidade de referência”, considerou. “Quando nos propusemos fazer esta parceira, foi a pensar que a UPRA é uma universidade que tem qualidade. Então, nós, Ordem dos Médicos, iremos continuar a trabalhar com a UPRA”, garantiu.
Principais pontos do protocolo
O instrumento de cooperação permite a maleabilidade para formatação, desenho e concepção de iniciativas nas áreas de ensino, investigação e desenvolvimento institucional, de acordo com o vice-reitor para a área científica da UPRA, Alberto Pereira.
O vice-reitor, que falava sobre os principais pontos do protocolo, disse que o acordo passa pela troca de experiência e pelo apoio técnico nas áreas de Saúde, com especial relevo para medicina e medicina dentária.
“Quero sublinhar que de entre as relações de cooperação que estão explicitadas neste protocolo, estão incluídas intercâmbio de colaboradores de pessoal de ambas as instituições para efeito de investigação, ensino e educação continuada, a promoção e apoio de projectos conjuntos de investigação”, disse.
O responsável adiantou que fazem parte também o intercâmbio de informações nas áreas de interesses relevantes para ambas instituições, a possibilidade de intercâmbio de professores e investigadores em programas de formação avançada como cursos de pós-graduação.
Pela ORMED, participaram, ontem, na assinatura do protocolo de cooperação, os presidentes de colégios de especialidades de medicina familiar, de oftalmologia, pneumologia, medicina desportiva, nuclear, e para área hospitalar, além de directores hospitalares.
Enquanto pela UPRA, testemunharam o acto o promotor da Universidade, Manuel João Fonseca, vices reitores para a área académica e científica, decanos de faculdades, e outas individualidades que compõem o quadro de pessoal da instituição de ensino.