A escola do IIº ciclo nº 6075 KM 44 do Distrito Urbano da Bela Vista, município de Icolo e Bengo, está com duas salas vazias por falta de alunos, contabilizando 85 vagas disponíveis para o presente ano lectivo, segundo o director geral instituição, Manuel Bunga
Enquanto muitas escolas do país dão como terminada a fase de inscrição e confirmação de matrículas, e trabalham agora no programa curricular orientado pelo Ministério da Educação, o mesmo não se pode dizer do PUNIV ou Liceu do Icolo e Bengo.
A escola, vocacionada para o ensino médio, com cursos de ciências económicas e jurídicas, ciências físicas e biológicas, e ciências humanas, e, para este ano lectivo, tencionam leccionar também o curso de artes visuais, apresenta escassez de alunos.
Apesar de receberem muitos alunos provenientes de Luanda, Sambizanga, Cazenga, Cacuaco e dos Zangos, ainda há muitas vagas a serem preenchidas.
Para o presente ano lectivo, foram inscritos 480 alunos, nos dois turnos (manhã e noite), dispõem de professores qualificados e de 14 salas de aula.
“Mas ainda temos vagas para 85 alunos, o que correspondem a duas salas de aula vazias, para o arranque do ano lectivo”, disse o director, Manuel Bunga.
Ainda não terminaram as inscrições e confirmação de matrículas de alunos, apesar de já ter sido dado o arranque do ano lectivo, também porque a instituição que dirige muitas vezes vêse obrigada a não seguir a 100% o calendário, uma vez que muitos encarregados despertam tarde para encaminhar os filhos e outros ainda pensam que, pelo facto de ser PUNIV, as especialidades não são valiosas para os seus educandos.
“Procuram outras instituições de ensino e oportunidades, e quando o nome dos seus educandos não constam daquelas listas, voltam ao Liceu, que muitas vezes tem de fazer várias manobras para não deixar os meninos fora do sistema de ensino.
Todos os cursos têm uma grande importância”, defendeu. O director tem tido a paciência de esclarecer aos encarregados de educação sobre as vantagens e saídas profissionais dos cursos para garantir que tenha estudantes a preencherem as vagas.
“Quem estiver a fazer o curso de ciências físicas e biológicas, no ensino médio, no ensino superior ou na faculdade pode se inscrever no curso de saúde.
Nas ciências económicas e jurídicas pode se focar no curso de direito, por exemplo”, disse.
Para os candidatos de ciências humanas, acrescentou, há saída profissional como professores, podem dar continuidade no Instituto de Ciências da Educação (ISCED), no curso de história, antropologia e terão várias oportunidades. Já para o curso de artes visuais, poderá fazer arquitectura.
O grande problema é que muitos encarregados de educação querem que, assim que o filho termina a formação, tenha facilidade de conseguir um emprego.
Sobre este assunto, o entrevistado chamou a atenção que isso acontece mais com os alunos que frequentam o médio nas instituições com cursos politécnicos.
“Nos liceus ou PUNIV a realidade é diferente, pois, depois de terminar é sempre importante avançar para o ensino superior”, esclareceu.
No corrente ano pretende continuar a trabalhar com a comissão de pais, no sentido de os sensibilizar sobre as valências dos cursos e, deste modo, orientarem os seus filhos sem dificuldades, pois defende que deve-se deixar de olhar o PUNIV de forma negativa.