A Polícia Nacional de Angola procedeu, ontem, 05 de Setembro, o relançamento da Brigada de Segurança Escolar (BSE), a nível da cidade capital do país, para a garantia da segurança pública nas escolas, depois de ter sido desactivada em 2020
Criada em 2003, a Brigada de Segurança Escolar tem estado ausente em muitos estabelecimentos escolares desde 2020, ano da sua desactivação. Com o registo de algumas situações delituosas nas escolas da cidade de Luanda, ontem, a PN viu a necessidade de relançar a BSE.
Para o porta-voz da Polícia Nacional em Luanda, Nestor Goubel, nos últimos anos, não havia necessidade de existir as brigadas nas escolas, mas, ultimamente, a realidade mostra ser importante a intervenção deste órgão.
Por isso, a Brigada Escolar continuará com o desenvolvimento, nos estudantes e nos professores, de hábitos preventivos, promoção de mudanças de comportamento, multiplicação de medidas preventivas e capacitação da comunidade escolar sobre os eventos danosos, naturais ou provocados.
A Brigada pretende ainda melhorar o patrulhamento de ¬proximidade e continuar os encontros dos conselhos comunitários de segurança escolar, criados em todas as instituições de Luanda, para ouvir os problemas de comunidade estudantil e buscar soluções.
O evento de relançamento decorreu na Unidade de Reacção e Patrulhamento (URP), sob a presidência do vice-governador da província de Luanda para área Política e Social, Manuel Gonçalves, que sublinhou que o acto se reveste de grande simbolismo e importância, com a finalidade de prevenir e combater situações menos boas a nível das instituições de ensino público e privado.
“Precisamos estabelecer uma ligação entre a força policial e a comunidade estudantil, no sentido de reprimir comportamentos que não agregam valor a este ciclo, bem como reforçar o trabalho de sensibilização e proximidade nas comunidades”, sublinhou.
O governante afirmou ainda que a província de Luanda tem mais 500 escolas públicas e cerca de 200 escolas privadas, com um número de alunos a rondar entre um milhão e quinhentos.
“A população estudantil é enorme. É é necessário, a par do trabalho que a Polícia Nacional ira desenvolver, também uma colaboração da própria comunidade, através dos pais e encarregados de educação e não passamos apenas para a Polícia a responsabilidade do asseguramento e educação a nível das nossas comunidades”, concluiu.