Ambiente de negócio com melhoria notável, confirma PCA da AIPEX, mas Angola continua mais a ver sair que entrar investimento estrangeiro
Os números relativos ao Investimento Directo Estrangeiro (IDE) mostram que, no segundo trimestre do ano em curso, a entrada de investimento no país rondou os 1 900 milhões de dólares, valores abaixo dos 2 100 milhões registados no primeiro trimestre. Nos dados do IDE verifica-se uma maior saída de investimento estrangeiro no país, um desafio que, nos últimos anos, o país tenta inverter em função das perdas registadas.
Aliás, ao falar neste Sábado, 1, na reunião com o Conselho Económico e Social, o Presidente da República, João Lourenço, disse que o Executivo angolano está a fazer tudo em termos de políticas para criar um bom ambiente de negócios e atrair investimento estrangeiro. Segundo o Presidente, os resultados ainda são tímidos, pelo que precisa-se de maior ousadia, tendo lançado o repto aos empresários para que aceitem correr o risco inerente a qualquer negócio.
A falar sobre o assunto numa entrevista que concedeu recentemente a OPAÍS, o presidente do Conselho de Administração da Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações de Angola (AIPEX), Lello Francisco, explicou que os critérios do Doing Business devem estar focados, essencialmente, no tempo que demorava para tratar as questões, tendo sublinhado que Angola teve melhorias significativas.
Lello Francisco apontou que a Administração Geral Tributária (AGT) é das instituições que mais melhoria registou, com a possibilidade de pagamentos dos impostos por meio de portal virtual. Entretanto, disse, ainda há coisas por melhorar, pois há pontos em que o Estado em geral precisa dar o salto, mas em termos de acomodação e assistência aos investidores estamos no caminho certo, sendo que a própria AIPEX tem estado a se transformar no sentido de ser cada vez mais um mecanismo de real facilitação da vida dos empresários.
POR: Ladislau Francisco