O Parlamento CentroAmericano (Parlacen) votou para a expulsão de Taiwan como observador permanente – uma posição que ocupava desde 1999 – e substituí-lo por Pequim, citando a falta de soberania de Taipé no âmbito do direito internacional.
O Parlacen é formado pela Nicarágua, Guatemala, El Salvador, Honduras, Panamá e República Dominicana.
A decisão foi adoptada durante a sessão do órgão na capital nicaraguense, Manágua, na Segunda-feira (21).
Um grupo de legisladores nicaraguenses propôs a moção, argumentando que o status de observador de Taiwan era “ilegítimo” porque Taipé “carece do reconhecimento como um Estado soberano pelas Nações Unidas”.
Os legisladores também observaram que a ONU “considera Taiwan uma província da China continental”.
Dos seis membros do Parlacen, apenas a Guatemala mantém, actualmente, laços diplomáticos formais com Taiwan.
O Ministério das Relações Exteriores de Taiwan qualificou a decisão para excluir a ilha autogovernada como uma “conspiração” de Pequim para pressionar Taipé.
Por sua vez, o governo chinês considera Taiwan como seu território e saudou a “decisão correcta do Parlacen”.
Em 1971, a ONU votou para expulsar Taiwan e “restaurar” o governo comunista em Pequim como o único representante da China na organização.
Desde então, a maioria dos países manteve o princípio de Uma Só China, abstendo-se de estabelecer laços formais com Taiwan.
Pequim, no entanto, tem acusado os EUA de violar essa política vendendo armas a Taipé e intrometendo-se nos assuntos internos da China.