As autoridades administrativas do Quimbele, na província do Uíge, estão preocupadas com a situação sócio-económica de centenas de famílias, sobretudo daquelas que vi- vem no interior do município
Para se inverter o quadro, o administrador Municipal de Quimbele, Pedro Zua, revelou que a administração que dirige está a levar a cabo um conjunto de acções viradas ao apoio das famílias que ainda se encontram em situação de pobreza e vulnerabilidade. Para o efeito, informou que entre os vários projectos que estão a ser desenvolvidos no município de Quimbele, destaca-se o Programa de Apoio à Agricultura Familiar (PAAF) que será aplicado durante a campanha agrícola 2023/2024.
Segundo o administrador Municipal de Quimbele, o Programa de Apoio à Agricultura Familiar (PAAF), consiste na preparação de terras aráveis que, a posteriori, serão entregues aos potenciais beneficiários. “Quimbele é um município cuja população dedica-se maioritariamente à agricultura, é uma agricultura de subsistência, por isso a administração do município tem desenvolvido um programa de iniciativa do Governo Provincial do Uíge, temos já preparados 200 hectares que serão entregues às famílias camponesas na ordem de cinco hectares para cada família.
O nosso objectivo é tirar estas famílias da pobreza em que se encontram”, garantiu. Por outro lado, Pedro Zua revelou ainda a execução do Programa de Desenvolvimento Local e Combate a Pobreza (PDLCP) que tem estado a apoiar todos os munícipes, particularmente a juventude. Segundo o administrador municipal de Quimbele, para os jovens, este programa contempla a distribuição de quites profissionais para o fomento do auto-emprego no seio dessa franja da sociedade.
“A administração do município está a desenvolver o Programa de Combate à Pobreza. Depois de uma formação dos jovens do nosso município, distribuímos quites profissionais, com particular realce para o empreendedorismo feminino, entendemos que as jovens mulheres merecem uma atenção especial dos governantes tendo em conta a sua vulnerabilidade”, disse.
Falta de médicos preocupa administração municipal
Apesar dos diversos programas virados para o apoio de muitas famílias no Município de Quimbele, esta parcela do território nacional a par das demais, ainda enfrenta grandes problemas. Entre as maiores dificuldades que ainda assolam os habitantes daquele município da província do Uíge, destaca-se a falta de quadros da saúde, principalmente médicos-cirurgiões.
O administrador municipal de Quimbele, Pedro Zua, fez saber que o município não dispõe de médicos, apenas de 54 enfermeiros. No seu entender, tal número ainda é irrisório tendo em conta o número de habitantes do município. “Nós temos um hospital regional com todos os serviços, com particular realce para um bloco operatório que não funciona por falta de técnicos, no caso um médico-a par das demais, ainda enfrenta grandes problemas.
Entre as maiores dificuldades que ainda assolam os habitantes daquele município da província do Uíge, destaca-se a falta de quadros da saúde, principalmente médicos-cirurgiões. O administrador municipal de Quimbele, Pedro Zua, fez saber que o município não dispõe de médicos, apenas de 54 enfermeiros. No seu entender, tal número ainda é irrisório tendo em conta o número de habitantes do município. “Nós temos um hospital regional com todos os serviços, com particular realce para um bloco operatório que não funciona por falta de técnicos, no caso um médico-cirurgião. Por isso, temos estado a suplicar ao gabinete da Saúde, para que tão logo os médicos que estão em formação de especialização terminem o curso, mandem pelo menos um”, apelou.
Para minimizar os problemas que a falta de quadros do sector tem vindo a causar na vida dos munícipes de Quimbele, Pedro Zua informou que são necessários pelo menos 20 médicos e 100 enfermeiros. O administrador Zua explicou que a falta de recursos humanos para o sector da Saúde, no município de Quimbele, tem obrigado as autoridades sanitárias a optarem pela transferência dos pacientes para o município de Negage e para a capital do país, Luanda. “A saúde é fundamental, ela é o ponto de partida, porque para que tenhamos outros serviços é preciso que haja saúde entre os homens. A nossa vida é evacuar os doentes para outros pontos do país com melhores capacidades de resposta. Isso acarreta vários riscos, sobretudo se olharmos para as condições das nossas estradas. Temos aqui um hospital regional, faltam- nos apenas quadros”, lamentou.
Congo alternativa
Por outro lado, o administrador municipal de Quimbele disse que para além das transferências de pacientes para outras unidades sanitárias com melhores condições, existem famílias que buscam os serviços de Saúde na República Democrática do Congo. “Ao nível do Governo local, nunca se fez uma evacuação de pacientes, mas se dissesse que não há ninguém que se trate na República Democrática do Congo, esta- ria a mentir, porque uma ou outra pessoa queira ir tratar-se naquele país com o qual fazemos fronteira”, afirmou. Quimbele é um dos 16 municípios que compõem a província do Uíge, a sua população estima- da em cerca de 150.750 habitantes, dedica-se maioritariamente à agricultura de subsistência.
POR: João Katombela