A primeira indústria têxtil de Angola fez ontem, a partir da sua unidade de produção do Cazenga, em Luanda, a exportação de 43,2 toneladas de fio de algodão para Portugal, um marco histórico por constituir o maior carregamento do produto já feito pela empresa
O Grupo ALCAAL, gestora da TEXTANG II, justificou o investimento dos 3 milhões de dólares americanos na operação para que fossem criados as condições em termos de equipamentos, mas também na compra de matéria-prima e insumos.
Para o responsável pela unidade fabril do Cazenga, Hiroshi Yamamoto, este primeiro carregamento de exportação é para a TEXTANG II um grande orgulho, adiantando que é a primeira de muitas que a empresa projecta fazer no futuro. “Escolheu-se Portugal para exportar devido à parceria que já se tem com este país na área comercial”, realçou Hiroshi Yamamoto.
A pensar na segunda fase da exportação do fio de algodão, a empresa necessitará de importar matéria-prima para a produção. Entretanto, o grupo já tem na outra parte da sua unidade de negócio, a agricultura, na região da baixa de Cassange, em Malanje, o projecto de produção nacional de algodão em mais de 30 mil hectares, com a perspectiva de nos próximos três anos ser suporte para dar continuidade a exportação deste produto.
Em termos de abastecimento do mercado local, sublinhou Hiroshi Yamamoto, não há consmidor para o algodão de fio neste momento, porque a indústria têxtil nacional foi completamente destruída em termos de tecelagens, tanto na parte de tecido plano, como a parte da malharia. “Actualmente, Angola não tem malharia e nem tecelagem de terceiros. Contamos apenas com três fábricas do Governo que foram reabilitadas em Benguela, no Dondo e essa da TEXTANG II de Luanda”, aclarou.
POR: Francisca Parente