Os habitantes reclamam das constantes falhas no abastecimento da única bomba e apelam para a construção de outras unidades. Já os responsáveis locais culpam o atraso nos pagamentos aos fornecedores, com a deficiente rede bancaria, como sendo dos grandes entraves ao normal fornecimento
Responsáveis de famílias, no município de Cuvelai, província do Cunene, estão agastados com a constante falta de combustíveis naquele que é considerado o único posto de abastecimento na zona. Para estes, garantir o sustento do agregado através da sua actividade laboral torna-se difícil com a falta do bem.
Com uma população que, além da criação do gado, depende da agricultura e da actividade de mototaxi, o município de Cuvelai, na província do Cunene, conta apenas com um único posto de com- bustíveis, o que dificulta aqueles que necessitam do bem para abastecer os depósitos das motorizadas e das electrobombas. De acordo com os munícipes, o posto, situado na rua do Hospital e do Comando Municipal, é o único que tem estado a funcionar, mas não de forma permanente, uma vez que se tem registado constantes falhas no fornecimento de gasolina e de gasóleo.
Jeremias Lote deixou Ondjiva para fixar morada no Cuvelai, onde passou para o exercício da agricultura. Neste ponto da província do Cunene, o jovem está a produzir tomate e cebola. No entanto, tem na sua motorizada o meio através do qual movimenta os produtos para vila onde os vende. A falta de combustíveis na zona tem sido uma das suas principais inquietações, que chega, inclusive, a colocar em causa o mantimento da família que depende dos rendimentos do seu trabalho.
“Se não houver combustível, os meus trabalhos ficam paralisados, porque na candonga (mercado informal), às vezes, compramos um litro a 700 kwanzas. É muito com- plicado e não temos como trabalhar. O nosso mantimento depende do combustível”, reclamou.