A missa de ordenação episcopal de Dom Germano Penemote – primeiro angolano nomeado núncio apostólico de um Papa – foi conduzida, na província do Cunene, pelo secretário de Estado da Santa Sé, Pietro Parolin, que na sua homilia o considerou “embaixador do santo padre”, no Paquistão
A nomeação do padre Germano Penemote como representante do papa Francisco, no Paquistão, aconteceu no passado dia 16 de Junho. Esta condição gerou a necessidade de ser ordenado a arcebispo, sem, no entanto, passar pela qualidade de bispo da igreja. O cardeal Pietro Parolin, em representação do Papa Francis- co, procedeu ao acto de ordenação, no último Sábado, 12, durante uma missa que contou com a presença de 15 bispos, e centenas de sacerdotes e fiéis.
No decurso da sua homilia, Parolin fez referência que o recém- ordenado tem em si a qualidade de embaixador do evangelho de Cristo, no sentido de transmitir uma mensagem de esperança que permite evitar a repetição de práticas que, normalmente, terminam em guerras e lutas fratricidas. “É precisamente o que está a acontecer contigo, querido Mons. Germano. És chamado a ser embaixador do Santo Padre, embaixador da Santa Sé, embaixador de Cristo. É uma honra e uma missão esplêndida”, enfatizou. Para o cardeal Pietro, a alegria da Igreja em Angola, e particularmente, na capital do Cunene, é enorme por tratar-se do primeiro filho desta terra chamado a desempenhar a missão de núncio apostólico.
“Vim compartilhar a vossa alegria”, disse. Por sua vez, o padre angolano Venâncio Cavaco, que se encontra a servir a igreja na República da Namíbia, explicou que Dom Germano acumulou muita experiência dos serviços de diplomacia vaticana, e que a sua nomeação para núncio apostólico orgulha o país. “É uma grande alegria ter um filho lançado neste campo, nesta lavra, neste serviço da Igreja. É o nosso orgulho como país e como igreja, termos um filho lançado neste campo da evangelização”, referiu. Dom Germano Penemote, do clero diocesano de Ondjiva, nasceu na comuna de Môngua, município do Cuanhama, na província do Cunene.
Entrou no seminário arquiepiscopal de Luanda, em 1988, e foi ordenado sacerdote dez anos depois. A cerimónia de ordenação foi testemunhada pela Presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira, pelos ministros das Relações Exteriores, e da Cultura, Tete António e Filipe Zau, respectivamente, bem como pelo presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, e outras individualidades do país.