A Autoridade do Canal do Suez informou que o tráfego das embarcações, que ficaram retidas após a colisão de um rebocador com um petroleiro, foi retomado na manhã de ontem, noticiou a agência Reuters
O incidente provocou o desaparecimento de um membro da tripulação e o afundamento do rebocador.
O trânsito das restantes embarcações da caravana que se dirige para Norte, através do desvio Leste do canal no KM 51, foi retomado, indicou a autoridade marítima.
A operação de recuperação do rebocador afundado está programada para começar após o trânsito da última embarcação da caravana”, acrescentou a autoridade em comunicado.
Antes, num comunicado, o presidente Autoridade do Canal do Suez, Osama Rabie, disse que a equipa de salvamento marítimo “conseguiu resgatar seis dos membros da tripulação” do rebocador afundado, tendo sido transferidos para o hospital para os exames necessários, “onde foram todos considerados estáveis”.
No entanto, referiu que um membro da tripulação “continua desaparecido”, aguardando-se pelo fim das operações de busca e salvamento.
A colisão ocorreu durante o trânsito, através do canal, do petroleiro que seguia da Singapura para os Estados Unidos.
Este é o sexto incidente do género, em 2023, e ocorre dois meses depois de o navio-tanque “Sea Vigour” ter paralisado o tráfego no canal, após ter sofrido uma avaria mecânica e ter encalhado.
Embora nem todos estes acontecimentos tenham provocado perturbações do tráfego no canal, os incidentes fazem lembrar a crise vivida entre 23 e 29 de Março de 2021, quando o porta-contentores “Ever Given” bloqueou a passagem marítima com os seus 400 metros de comprimento e 18 000 contentores a bordo.
O incidente provocou um enorme engarrafamento nesta via navegável por onde passa cerca de 10% das mercadorias do mundo.
O canal do Suez é uma das principais fontes de receita do Egipto e, em 2022, gerou quase 8.000 milhões de dólares (7.260 milhões de euros).