Um ataque com mísseis russos na Ucrânia atingiu, ontem, ao início da noite edifícios pertencentes ao fabricante de aviões Motor Sich, divulgou o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky
“Um novo ataque de mísseis russos teve lugar contra o nosso país (…). Atingiram a Motor Sich e a nossa região de Khmelnytsky”, disse Zelensky, no seu discurso diário transmitido nas redes sociais.
Segundo Zelensky, a Rússia disparou mísseis hipersónicos Kinzal e mísseis de cruzeiro Kalibr, “alguns dos quais foram abatidos”.
A Motor Sich, um importante fabricante de aeronaves que produz motores para aviões e helicópteros, foi nacionalizada pelo Governo ucraniano em 2021.
Em Novembro de 2022, o Governo ucraniano assumiu o controlo directo da empresa, juntamente com outras empresas de “importância estratégica”, cujos activos são geridos pelo Ministério da Defesa para assegurar as necessidades urgentes das Forças Armadas.
A sede do grupo situa-se em Zaporijia (Sul), numa região parcialmente ocupada pelas forças russas. Não foi possível saber no imediato se o ataque russo atingiu o quartel-general da Motor Sich, mas o governador desta região, Yuri Malachko, tinha indicado anteriormente na plataforma Telegram que o ataque russo tinha visado uma área nos arredores da cidade e tinha provocado um incêndio.
O governador disse não ter “qualquer informação sobre vítimas”, acrescentando que a extensão da destruição “ainda está a ser avaliada”.
A região de Khmelnytsky, no Oeste da Ucrânia, a centenas de quilómetros da linha da frente e onde se encontra situado um importante aeródromo militar ucraniano, é regularmente alvo de ataques russos.
Na Sexta-feira à noite, as forças ucranianas atacaram um petroleiro que transportava petróleo no Mar Negro, uma operação para a qual a Rússia prometeu uma retaliação.
Nos últimos dias, vários ataques de ‘drones’ (aparelhos sem tripulação) ucranianos tiveram como alvo navios russos no Mar Negro, a cidade de Moscovo e a península da Crimeia (Rússia em 2014).
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de Fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).