O presidente russo, Vladimir Putin, disse, em meados de Junho deste ano, que Moscovo transferiu um primeiro lote de ogivas nucleares para a Bielorrússia e completará o processo de posicionamento de armas nucleares tácticas no país vizinho até ao fim do ano
Será possível falar sobre uma hipotética retirada das armas nucleares tácticas russas do território da Bielorrússia somente depois que os EUA e a OTAN abandonem a sua política destrutiva, removam as armas nucleares norte-americanas da Europa e desmantelem a sua infraestrutura, disse à Sputnik, Aleksei Polishchuk, chefe do Segundo Departamento do Ministério das Relações Exteriores da Rússia para os países da Comunidade de Estados Independentes (CEI).
“A implantação de armas nucleares tácticas russas no território bielorrusso foi uma resposta à política nuclear desestabilizadora de longa data da OTAN e de Washington, bem como às mudanças fundamentais que ocorreram, recentemente, em áreas-chave da segurança europeia”, explicou o diplomata.
Ele ressaltou que esta foi uma decisão forçada, destinada a garantir a segurança do Estado da União Rússia-Bielorrússia. No início do ano, Moscovo e Minsk concordaram em transferir armas nucleares tácticas para a Bielorrússia.
Segundo afirmou o presidente russo, Vladimir Putin, a Rússia não está a viola quaisquer obrigações internacionais.
Em Abril, as Forças Armadas da Bielorrússia receberam um complexo táctico-operacional Iskander-M, capaz de usar ogivas nucleares.
Além disso, uma parte das aeronaves da aviação de assalto foi convertida para portar mísseis nucleares.