A votação ocorreu menos de 24 horas depois de Zuma ter apresentado a sua demissão, pondo fim a nove anos na presidência.
A Assembleia Nacional escolheu Cyril Ramaphosa como Presidente da África do Sul, um dia depois de Jacob Zuma ter apresentado a demissão, sob pressão do próprio partido. Ramaphosa, eleito no final do ano passado como líder do Congresso Nacional Africano (ANC), era o único candidato para o cargo e contou com o apoio do partido que detém a maioria no Parlamento.
Os deputados do partido Combatentes pela Liberdade Económica, de esquerda radical, abandonaram o debate como forma de protesto e exigindo novas eleições. A África do Sul tem eleições legislativas marcadas para 2019.Ramaphosa sucede a Zuma, cujos nove anos na presidência ficaram marcados por inúmeras acusações de envolvimento em esquemas de corrupção. Nos últimos anos, Zuma sobreviveu a várias moções de censura, apoiado pela maioria garantida pelo ANC.
Porém, a pressão sobre o Presidente tornou-se insustentável, especialmente depois de Ramaphosa ter chegado à liderança do ANC, derrotando a ex-mulher de Zuma. Depois de vários dias de negociações, a liderança do partido ameaçou votar a favor de uma moção de censura, caso Zuma não se demitisse por iniciativa própria.