O presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos apelou ontem, em Luanda, aos órgãos de comunicação social a manterem um diálogo aberto, permanente e uma cooperação institucional fundamentada na lei.
POR: Maria Custódia
No IIº Encontro entre a Assembleia Nacional e os órgãos de comunicação social destinado à melhoria das relações institucionais, Fernando da Piedade Dias dos Santos referiu que ultimamente têm surgido alguns equívocos e algumas incompreensões que devem ser urgentemente ultrapassados, “por via de uma abordagem franca, aberta e sem preconceitos, cientes de que ninguém é detentor de toda a verdade”. “Para isso devemos manter um diálogo aberto, permanente e uma cooperação institucional fundamentada na lei”, sublinhou. Assegurou ainda que a AN estará aberta para prestar toda a informação à comunicação social de modo a garantir um melhor conhecimento da sua organização interna e do funcionamento, contribuindo para que a informação a veicular assente no trinómio: verdade, isenção e imparcialidade.
O presidente do parlamento disse, na ocasião, ser objectivo principal do encontro, melhorar as relações institucionais de trabalho entre a Assembleia Nacional e os órgãos de comunicação social. “Temos missões diferentes, mas todos nós perseguimos os mesmos objectivos estratégicos que são construir um Estado democrático de direito, respeitar a lei, defender os direitos fundamentais dos cidadãos e construir uma Angola melhor para todos os angolanos”, rematou. Segubndo Fernando da Piedade Dias dos Santos, a Assembleia Nacional está ciente desta importância e atenta ao actual contexto que o país vive, de maior complexidade e exigência, e assim decidiu organizar o referido encontro.
Acrescentou que fruto da evolução do processo democrático, o país tem procurado adequar-se aos desafios, ajustando as suas instituições à realidade do país, dotando-as de instrumentos à altura das situações por enfrentar no futuro. Acrescentou que enquanto órgão representativo dos cidadãos angolanos e garante dos seus direitos e aspirações, faz parte deste processo, lutando por exercer as suas funções com maior eficácia e eficiência possíveis. O chefe da casa das leis disse que enquanto representante dos cidadãos, tem consciência que o seu trabalho, a sua mensagem e a melhor interpretação das necessidades e dos anseios dos seus representantes não fluirá sem a prestimosa ajuda e intermediação da comunicação social.
Já o secretário-geral da Assembleia Nacional, Pedro Agostinho de Neri, referiu que há um conjunto de procedimentos processuais que devem ser conhecidos e dominados pela classe jornalística, uma facto que só será possível familiarizando-se com o trabalho quotidiano da AN. Visando evitar equívocos e tensões, o secretário de Estado da Comunicação Social, Celso Malavoloneke aconselhou os profissionais do ramo a redigirem os seus conteúdos noticiosos com honestidade, buscando sempre a verdade dos factos, e aos deputados a organizarem gabinetes de comunicação institucional para mediar a relação com os jornalistas.
Durante dois dias, o encontro aborda temas como “A visão jornalística sobre o poder legislativo versus ética e deontologia profissional”, “A relação entre o Parlamento e o Executivo à luz da Constituição da República de Angola”, “As regras protocolares na Assembleia Nacional”, “O processo legislativo e as terminologias parlamentares” e “O parlamento e os media”. A jornalista da Rádio Nacional de Angola, Emília Rita, manifestou- se satisfeita com a iniciativa do parlamento em capacitar os membros da classe que acompanham, no seu dia a dia o trabalho da Assembleia Nacional.