Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN) revela inflação de pouco mais de 11,5% em Fevereiro, o valor mais baixo dos últimos três anos e confirma tendência de queda- contínua
Os dados do Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN), publicados recentemente pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), mostram que a inflação em Angola ficou pelos 11,54% em Fevereiro de 2023, mantendo uma tendência de queda e atingindo o valor mais baixo dos últimos três anos.
Conforme os mesmos dados, houve um decréscimo de mais de 15,7 pontos percentuais (pp) em relação à inflação observada em igual período do ano anterior e uma desaceleração de 0,86 pp, quando comparada com a registada no mês anterior. As províncias do Bengo com 0,61%, Lunda Sul com 0,71%, e Cuando Cubango com 0,73% são as que registaram menor variação nos preços, enquanto as províncias do Zaire com 1,13%, Namibe com 1,06% e Cunene com 1,05% são as que registaram maior variação nos preços dos produtos.
O segmento da “Saúde” foi a que registou o maior aumento de preços, com uma variação de 1,88%, seguido do “Vestuário e Calçado” com aumento de 1,86%, “Bens e serviços diversos” com aumento de 1,41%, bem como os “Hotéis, Cafés e Restaurantes” com aumento de 1,33%. Em Luanda a variação foi de 0,81% de Janeiro a Fevereiro de 2023.
Uma desaceleração mensal de 0,03 pontos percentuais ao passo que, em termos homólogos, ou seja, de Fevereiro 2022 a Fevereiro 2023, a desaceleração foi de 0,85 (p.p). Conforme os dados, a classe “Alimentação e bebidas não alcoólicas”, com 0,40 pontos percentuais (p.p.), foi a que mais contribuiu para o aumento do nível geral de preços em Luanda, seguida de “Bens e serviços diversos” com 0,13 (p.p.), “Vestuário e Calçado” e “Saúde” com 0,07 (p.p.) cada. As restantes classes tiveram contribuições inferiores a 0,07 pontos percentuais, como mostram os dados a que OPAÍS teve acesso.
No Zaire, uma das províncias com maior movimento dos preços, a variação foi de 1,13%, de Janeiro a Fevereiro de 2023, sendo que a classe “Saúde”, com 2,10%, foi a que registou maior aumento de preços, seguida da classes “Vestuário e calçado” com 1,81%, “Mo- biliário, Equipamento doméstico e manutenção” com 1,68% e “Hotéis, cafés e restaurantes” com aumento de 1,64%.
POR: Ladislau Francisco